segunda-feira, julho 01, 2013

JOGO 16 -"FALTOBOL" DE FELIPÃO "FUNCIONA", BRASIL VENCE A ESPANHA E CONQUISTA A COPA DAS CONFEDERAÇÕES 2013


Saio dessa Copa das Confederações com duas convicções. A primeira que a Seleção Brasileira de futebol tem atualmente uma geração de talento abundante, de jogadores excepcionais. Talento puro, mais que suficiente para a formação de um time encantador, que jogue um futebol bonito e envolvente, como há muito tempo não temos o prazer de ver quando se fala da camisa amarelinha. A segunda convicção que tirei da competição é que a Seleção Brasileira está sob comando da pessoa errada.

O estilo de jogo implementado por Felipão não condiz com aquilo que ele tem em mãos. Não condiz com o futebol tão pedido e almejado por grande parte da imprensa e da população brasileira.

Sabe aquela eterna discussão se os fins justificam ou não os meios? Pois bem, aplica-se direitinho na participação do Brasil na Copa das Confederações 2013. Quando se entra em uma competição, o que se almeja, o que se objetiva? O título. Por isso, digo que "se os fins justificam os meios", a Seleção Brasileira foi perfeita na Copa das Confederações 2013. Praticou o antijogo, abusou do excesso de faltas e...foi campeã. Na soma dos cinco jogos da competição, a Seleção Brasileira comandada por Felipão chegou a mais de 100 faltas, o que dá uma média de mais de 20 infrações por partida, número, em minha opinião, altamente excessivo, absurdo.

Ontem, contra a Espanha, as minhas duas convicções ficaram mais que evidentes. Fred foi um gigante, Neymar foi brilhante, a Seleção Brasileira como um todo, jogou muito bem, nos momentos em que quis jogar. Porque em grande parte da
partida, o Brasil teve como estratégia não deixar a Espanha jogar, impedindo o encantador Tic-tac de maneira faltosa, grossa, estúpida. Apesar das absurdas 26 faltas durante os 90 minutos (mais os acréscimos), sobrou tempo para o Brasil ser encantador. Sobrou tempo para Neymar "comer a bola" e, pelo menos parcialmente, calar os críticos. Nessa Copa das Confederações, o jovem, recém contratado pelo Barcelona, foi brilhante, excepcional e...faltoso. A última das características talvez por reflexo do
técnico o qual estava lhe comandando. Nem no tempo em que Neymar "jogava sozinho" no bagunçado e confuso Santos de Muricy Ramalho eu o via fazer tantas faltas como ele fez na Copa das Confederações 2013.

Claro, que não somente críticas merece Felipão. Ele teve a capacidade de melhorar a Seleção Brasileira, montar um sistema de marcação que, apesar de bater demais, é sólido. Ele teve a capacidade de dar á equipe algum padrão ofensivo. Felipão está indo melhor que seus dois antecessores, mas isso torna-se quase irrelevante se analisarmos que estamos vindo de uma passagem "lunática" e "louca" de Dunga pelo comando técnico da Seleção Brasileira, sucedida por uma passagem "péssima" de Mano Menezes. A verdade é que nos acostumamos a ver trabalhos muito ruins na Seleção Brasileira e quando se melhora um pouquinho, a impressão que passa é que estamos no patamar, no topo, no máximo o qual podemos chegar. Mera ilusão. A Seleção Brasileira de Futebol tem potencial para ir muito mais longe, para jogar muito, mais muito mais futebol do que vem jogando com Felipão. Ronaldinho Gaúcho, na fase em que se encontra, tem muito a oferecer para essa equipe e até agora, não vejo o menor sentido nele não ter sido convocado.

E a Espanha? A Espanha foi Espanha e segue demonstrando virtudes louváveis ao longo de sua trajetória na história do futebol. A atual campeã européia e campeã mundial, foi fiel àquilo que a levou a essas duas conquistas. Foi fiel ao estilo de jogo de toques de bola rápidos e precisos, com o objetivo de envolver a marcação adversária e assim ter maior facilidade para criar oportunidades de gol. Tentou em todos os jogos fazer isso, em alguns conseguiu, em outros não.


Contra o Brasil, teve dificuldade para cumprir tal missão. Mostrou-se cansada, esgotada fisicamente. Não precisa, nem deve servir de "desculpa" para a derrota. A Espanha não precisa disso, não precisa de desculpas, a gente é que precisa pedir desculpas para ela, por ter feito 26 faltas em uma partida de futebol. A Espanha soube vencer como Espanha, mas, muito mais que isso, ela soube perder como Espanha. Fosse outro time perdendo para o Brasil por 3 x 0, ao som de olê vindo das arquibancadas do Maracanã, seriam grandes as possibilidade da partida descambar para a violência, para entradas mais fortes, pontapés, confusões, empurra-empurra e por aí vai. Só que não! Era a Seleção Espanhola. Elegante quando ganha, elegante quando perde.

Acabo as minhas considerações com a seguinte frase: Se o Brasil bateu assim na Copa das Confederações, imagina na Copa do Mundo.


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