Por Danilo Silveira
A atuação do árbitro Rodrigo Nunes de Sá no clássico de hoje
entre Vasco e Flamengo foi uma vergonha para o estado do Rio de Janeiro e para
o Brasil. Bisonha! Lamentável! Um absurdo o que esse cidadão fez no palco da
final da próxima edição da Copa do Mundo. Em anos que acompanho futebol, acho que nunca vi um desempenho tão desastroso de um árbitro. O espetáculo foi
comprometido por conta de quem mais deveria passar despercebido em campo. Tudo começou quando ele deu um minuto de acréscimo no
primeiro tempo. Deveria ter dado no mínimo uns 4, sendo que 6 não seria
absurdo. Foram três atendimentos médicos a jogadores do Vasco.
Veio a segunda
etapa e logo no início ele deu falta de Everton Costa em um jogador do Flamengo
que vinha em velocidade para invadir a área. Falta que deve se discutir se foi
para cartão amarelo ou vermelho, mas foi óbvio, evidente que o atacante
vascaíno merecia ser punido com um cartão de alguma cor. Minutos depois, o
mesmo Everton Costa cometeu uma falta normal, de jogo, e o árbitro resolveu
expulsa-lo de campo com o segundo amarelo. Daí em diante, o valente (e
violento) time vascaíno passou a abusar do direito de fazer cera, ajudado pelo
árbitro, que perdido em campo, era conivente com o atraso na reposição de bola
do time da Colina. Não foi incomum ver Rodrigo Nunes de Sá de costas para a
bola, olhando para o lado contrário o qual se encontrava a jogada em disputa. Um
verdadeiro show de horror proporcionado por esse cidadão, que deveria ficar
algum tempo sem apitar esse esporte (talvez vôlei ou basquete seja a praia
dele). Para complementar, 3 minutos de acréscimos na segunda etapa, que deveria
ter no mínimo 7 (10 não seria absurdo).
Fora os lamentáveis incidentes oriundos do apito, tivemos um
jogo de nível técnico baixo, com excesso de faltas e jogadas feias, que fogem daquilo que considero a prática do futebol em excelência. A lucidez do Douglas
era nítida, o jogador que mais agregou tecnicamente ao espetáculo. A correria
imposta por Negueba, Everton Costa, entre outros, foi válida, somatizando nos
quesitos vontade, entrega e disposição.
Esses, totalmente válidos e necessários na prática desportiva. Mas faltou
qualidade no futebol como essência, em jogadas bonitas, aplausíveis e
encantadoras.
Resumindo, foram mais cartões (9!) que lançamentos
bonitos, mais faltas (vendo pela arquibancada me pareceu que algumas das 61, segundo o scout do Globoesporte.com, o
senhor do apito inventou) que tabelas envolventes. Por pouco Guinazu não acabou
o jogo sem receber cartão amarelo, o que seria uma ironia do destino, quase
como o Barcelona ganhar de 6 x 0 e o Messi não participar de nenhum gol.
Falei do talento de Douglas, mas também vale falar de Mugni.
O argentino teve longe de fazer uma grande apresentação, mas seu toque de bola,
sua maneira de conduzir a redonda e sua postura em campo me levam a crer que
tem futuro e pode ser muito útil ao rubro-negro, carente de um camisa 10 a
algum tempo. Carente também de um
primeiro volante de qualidade em 2014. O bom Amaral de 2013 deu lugar a um
jogador atabalhoado, precipitado, que no primeiro tempo do jogo de hoje sofreu
com as boas jogadas de Douglas.
Cabe ainda tecer altos elogios a Jayme de Almeida, o
treinador que fez o melhor trabalho recentemente pelo Flamengo. Um futebol simples,
feijão com arroz, atrelado a um jeito de falar simples e objetivo, em contraste
com a arrogância e prepotência de alguns outros ditos professores sábios (não
é, Luxemburgo?). Fez um Flamengo competitivo, forte, que muitas vezes joga mal (muito
porque falta talento) e sofre com a escalação de muitos reservas (Elano, André
Santos, Léo Moura e Hernane machucados). Outros tiveram a mesma chance que
Jayme e pouco conseguiram acrescentar (não é mesmo, Dorival Júnior?). Futebol
não se ganha no jeito de se vestir ou na forma rebuscada de falar (entendeu,
Mano Menezes?). Muricy Ramalho passa longe de me agradar como técnico de
futebol, mas uma vez falou uma frase interessante que ficou famosa: AQUI É
TRABALHO! Jayme parece que entendeu bem! E o Flamengo é favorito ao título
estadual em 2014.
Que fique claro que não estou desmerecendo o time do Vasco,
longe de ser encantador, mas que briga, luta, sua, se entrega. Aposentados com
mais talentos que os titulares de hoje (valeu Felipe e Juninho) deram lugar a
jogadores mais velozes, que conseguem somar mais ao time no aspecto físico
(valeu Reginaldo e Everton Costa).
Por fim, que tenhamos um duelo melhor no próximo domingo
(entenderam, Vasco e Flamengo?), com uma arbitragem melhor (entendeu, Rodrigo
Nunes de Sá e FERJ).
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