quarta-feira, maio 14, 2014

UNA NOCHE DIABÓLICA EN EL ESTADIO DE CLUB ATLETICO INDEPENDIENTE

Por Danilo Silveira

Avellaneda é uma cidade Argentina, que fica na província Buenos Aires. Lá encontra-se o fascinante Club Atletico Independiente.  Trinta minutos foi mais ou menos o tempo que o coletivo (assim são chamados os ônibus por lá) número 100 me levou do microcentro de Buenos Aires até uma espécie de estradinha, que fica praticamente ao lado do Tenis Club Independiente. E ao lado do clube fica o belo estádio Libertadores da América, a cancha onde os Diabos Vermelhos, como são chamados, mandam os seus jogos.

Placa que fica na recepção do clube
Com sete Libertadores no currículo e conhecido como rei das copas, o Independiente disputa hoje a segunda divisão do Campeonato Argentino, lutando no pelotão da frente buscando uma vaga na elite. O duelo o qual fui assistir era contra o San Martín, de San Juan. A pelota ia rolar somente as 20h10 e quando cheguei ao Clube o relógio ainda marcava umas 16hrs. Fui muito bem recebido pelos funcionários, que me informaram que a venda de ingressos se iniciaria por volta das 17h30, lá mesmo. Dito e feito. Paguei 220 pesos por ele (cerca de 55 reais) e lá fui em direção ao estádio. Fui um dos primeiros a entrar e logo fiquei fascinado com a beleza que ele nos proporciona aos olhos. Um estádio tipicamente argentino, longe daquele padrão FIFA, que serve para unificar o mundo da bola e distanciar os países da sua cultura esportiva. Aos poucos os torcedores foram entrando e a ornamentação das grades e arquibancadas deixavam o estádio cada vez mais belo.

Libertadores da América visto de fora
Devia estar uns 15 graus e a cantoria da torcida serviu para esquentar o ambiente. Impressiona como se comporta a torcida, barulhenta durante praticamente todos os 90 minutos. Dentro de campo, o jogo não foi lá dos mais bonitos. O nível técnico do duelo pareceu fraco e o Independiente comportou-se melhor que seu adversário, dominando as ações em boa parte do tempo. Domínio esse que se traduziu em gols, um em cada tempo. O 2 x 0 serviu para deixar o gigante colado no G3 (três clubes sobem para a primeira divisão). Faltam 5 partidas para o término da competição e o Independiente é o quarto colocado, com 58 pontos, dois a menos que o terceiro, o Instituto, que soma 56.

Confira a entrada em campo do Independiente:


A diabólica noite em Avelleaneda não acabou por aí. Ao sair do estádio caminhei cerca de dois minutos e me deparei com o estádio Juan Domingo Perón, do Racing, o rival do Independiente. Sem exageros, a cancha do rival deve ficar a uns 150 metros do Libertadores da América. Como se você saísse de São Januário, andasse dois minutos e chegasse na Gávea. Tão louco, tão fascinante!

Vale ainda destacar que hoje em dia os jogos entre times argentinos acontecem com torcida única. Ou seja, a torcida visitante não tem o direito de entrar no estádio do rival. Medida essa, adotada por conta da violência, que até hoje atrapalha a beleza do futebol, não só brasileiro, mais mundial.

A visita ao estádio dos Diablos Rojos ficará eternamente na minha lembrança. Foi um inferno de emoção.

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