Por Danilo Silveira
Neste domingo, consegui pela primeira vez realizar a fascinante experiência de assistir a um jogo de Copa do Mundo de dentro do estádio. O Maracanã, recheado de pessoas das mais diversas nacionalidades, foi palco para o duelo entre Rússia e Bélgica.
Os belgas já entravam em campo em vantagem na tabela de classificação, pois venceram a Argélia na estreia, enquanto os russos empataram com a Coréia do Sul. Marc Wilmots, mesmo com o resultado positivo na estreia, mexeu na equipe. Vermalen, Fellaini e Mertens entraram nas vagas de Vertonghen, Dembele e Chadli.
A bola rolou e durante os 45 minutos iniciais ficou claro que a Bélgica jogava sem um primeiro volante de marcação. Fellaini, Witsel e De Bruyne se movimentavam bastante, alternavam posição e chegavam bem à frente, dando leveza ao meio de campo. Só que o grande nome da Bélgica no jogo foi Mertens, que atuou aberto pela ponta direita, imprimindo velocidade e sendo o jogador mais agudo em campo. Vale lembrar que na estreia ele saiu do banco para ser autor do gol da vitória.
Mesmo apresentando-se inferior em termos de qualidade, a Rússia conseguiu ser competitiva e quando chegou ao ataque levou perigo, esbarrando em Courtois e na atuação maiúscula do zagueiro Company. Só que na melhor chance da primeira etapa, a Rússia esbarrou foi na falta de pontaria de Kokorin. Ele recebeu cruzamento da esquerda e ficou com a bola à feição para abrir o marcador, mas acabou falhando e cabeceando para fora.
Na segunda etapa o jogo mudou drasticamente de figura. O meio campo leve da Bélgica já não funcionava. A Rússia avançou sua marcação e passou a pressionar os belgas, que se viram em dificuldades para atacar. Em uma boa chance, Eshchenko recebeu na ponta direita e bateu cruzado para fora.
Cabe aqui destacar que durante a Eurocopa de 2012 me chamou muito a atenção o futebol apresentado pela Rússia, comandada naquela ocasião pelo holandês Dick Advocaat. Arshavin, Kerzhakov e Dzagoev eram importantes nomes da parte ofensiva daquele time. O primeiro nem foi chamado por Fabio Capello para vir ao Brasil, já os dois últimos começaram o jogo no banco de reservas.
O empate com a Bélgica não era dos piores para a Rússia. Com ele, os comandados de Capello precisariam, na pior das hipóteses, vencer a Argélia por dois gols de diferença para garantir a classificação para as oitavas de final. Claro que a vitória a deixaria em condições muito melhores para a última rodada. E o desenho do jogo durante quase toda a segunda etapa mostrava a Rússia mais perto da vitória do que de uma derrota.
Só que foi aí que apareceu o talento de Hazard. Sumido durante a maior parte do jogo, ele teve duas boas aparições nos minutos finais da partida. Primeiro acertou a trave em cobrança de falta, depois fez boa jogada pela esquerda e serviu Origi,que chutou para fazer o gol da classificação belga, quando o relógio apontava 43 minutos.
Cabe aqui destacar que Origi entrou na vaga de Lukaku, aos 11 minutos da segunda etapa. Com isso, podemos dizer que os três gols que a Bélgica fez na Copa do Mundo até aqui foram marados por jogadores que saíram do banco de reservas. A Bélgica alternou bons e maus momentos até aqui na competição e com as duas vitórias já está garantida nas oitavas. Um empate com a Coreia na última rodada dá a ela o primeiro lugar do grupo.
A Rússia ainda tem chances de classificação, mas não depende só dela. Com um ponto apenas, ela chega no máximo a quatro e a Bélgica já tem seis. Portanto, os russos só podem conseguir a classificação mediante a segunda colocação. Argélia e Coreia do Sul são os adversários.
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