sábado, junho 27, 2015

CASTIGO VEM A CAVALO PARAGUAIO

Por Danilo Silveira


O jogo contra o Paraguai foi o quarto e último da Seleção Brasileira na Copa América 2015. E assim como os três anteriores, a equipe de Dunga fez uma partida ruim. E como desfecho, a melancólica eliminação na disputa de pênaltis.

Bem feito para a CBF, Bem feito para Dunga. Bem feito para Dunga por não conseguir dar o mínimo padrão tático à equipe, após dias e mais dias de treinamento. Bem feito para Dunga por ter medo de propor o jogo e se contentar com o 1 x 0 magro. Bem feito para a CBF por ter colocado Dunga como técnico da Seleção Brasileira. Mais uma Vez. De novo. Novamente.

Em uma das raras jogadas bem trabalhadas do Brasil no jogo, Daniel Alves cruzou e Robinho chutou para as redes, abrindo o placar em Concepcíon. Eram marcados 14 minutos da primeira etapa. Isto é, menos de 20% do tempo de jogo havia sido disputado. E a partir de então o Brasil foi recuando cada vez mais, trazendo o Paraguai para o campo ofensivo. Se houvesse uma proposta convincente de contra-ataque, bem desenvolvida pelos jogadores, que culminasse em diversas chances de gol ao Brasil, até entende-se.Só que não! O Brasil não conseguiu, até o fim do jogo, encaixar um só contra-ataque convincente.

E assim o Paraguai foi cada vez mais gostando do jogo. Mesmo apresentando suas limitações, a equipe de Ramón Diaz mostrava raça e determinação para buscar objetivando conquistar o empate diante do acuado Brasil. Ele poderia ter vindo na bola parada, mas Jefferson impediu ao defender bem uma cabeçada. O gol que levou o jogo para as penalidades veio portanto em vacilo de Thiago Silva, que meteu a mão na bola dentro da grande área. Penâlti corretamente assinalado pelo árbitro e convertido por Derlis González. Um castigo justo e merecido para um time que se acovardou e para um técnico que parece nada ter feito para mudar esse panorama. Eram marcados 26 minutos da etapa final.

Depois do gol de empate sofrido, o Brasil voltou a tentar buscar o ataque e dominar territorialmente a partida. Quase como seguir a lógica de atacar quando estiver empatando ou perdendo e se defender quando está ganhando. Sem ideologia, sem fidelidade a um estilo. O tempo mostrou-se curto para uma mudança de postura drástica e repentinamente que culminasse em um resultado positivo. Foi tarde demais. Douglas Costa e Éverton Ribeiro desperdiçaram suas cobranças de pênalti, enquanto pelo lado paraguaio, apenas Roque Santa Cruz não converteu. Pela segunda Copa América seguida, o Brasil cai para o Paraguai nos pênaltis, na fase quartas-de-final.

Técnicos e mais técnicos escolhidos de maneira equivocada e a Seleção Brasileira encontra-se em estado de calamidade. Sem padrão de jogo, sem identidade, sem alegria, sem brilho, E, pior que isso: com Dunga!

Segue a Copa América, que sente muita falta da Seleção Brasileira. Não dessa dirigida por Dunga. Não daquela dirigida por Felipão. Não da que um dia foi dirigida por Mano Menezes. Não daquela dirigida por Dunga (repetição proposital). Mas sim daquela que jogava futebol de verdade. Em algum dia e em algum lugar do passado.

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