quarta-feira, julho 01, 2015

EM GRANDE JOGO, CHILE DERROTA O PERU E VAI À DECISÃO

Por Danilo Silveira

Dos jogos que eu vi desta edição da Copa América, Chile x Peru foi o melhor. A boa atuação chilena, passando por uma vocação ofensiva, marca registrada de Jorge Sampaoli, já era de se esperar. Agora, surpreendente, de maneira mais que positiva, foi a atuação maiúscula que o Peru de Ricardo Gareca fez na capital Santiago.

Talvez, se o Peru não tivesse perdido um de seus 11 jogadores aos 19 minutos de jogo, o desfecho do confronto pudesse ser diferente. Zambrano atingiu Aránguiz nas costas, com a sola da chuteira, sendo corretamente expulso. Antes disso, o Peru já tinha passado muito perto de abrir o placar em cruzamento de Guerrero para cabeçada de Farfán na trave direita de Bravo. Por sinal, a grande atuação do Peru passa diretamente pelos dois atacantes acima citados, que infernizaram o sistema defensivo chileno durante o jogo inteiro.

Bem verdade, que devemos citar o lance ocorrido antes mesmo dos cinco minutos iniciais do jogo. Vidal e Zambrano se desentenderam e o volante chileno deu um empurrão no rosto do jogador peruano. O árbitro venezuelano José Argote poderia ter aplicado cartão vermelho para Vidal, mas preferiu ficar na conversa.

No 11 contra 11, contra qualquer seleção sul-americana, a tendência é que o Chile crie boa quantidade de chances de gol. Jogando com um a mais, a tendência é esse número elevar-se ainda mais. Acontece que o Peru parecia reduzir o efeito do homem a menos com muita disciplina tática. O Chile até chegava e até criava, mas não tanto quanto o fato de estar em vantagem numérica poderia sugerir. O Peru não caiu na armadilha de abdicar de atacar e conseguia sair em velocidade, tornando o jogo bem dinâmico e gostoso de se assistir.

Pouco antes do intervalo, o Chile conseguiu abrir o marcador. Sánchez bateu cruzado da esquerda, Aránguiz fez corta-luz, a bola tocou na trave esquerda de Gallese e Vargas aproveitou bem o rebote. Detalhe importante é que Vargas estava em posição de impedimento na jogada, portanto, o gol foi irregular. Muito prejudicado o Peru no somatório de ações do árbitro na primeira etapa.

Poderia então o Peru sentir o golpe e ficar desnorteado em campo. Ou se lançar ao ataque de maneira “irresponsável” ou não conseguir mais concentração elevada para conter o ímpeto ofensivo do oponente. Mas nada disso aconteceu. Veio o segundo tempo e o Peru seguiu jogando de igual para igual com o Chile. O prêmio veio, portanto, aos 14 minutos, quando Guerrero enfiou belo passe na direita para Advíncula, que cruzou e contou com vacilo de Medel, que cortou mal e acabou marcando contra: 1 x 1.


Só que o Chile conseguiu, quatro minutos mais tarde, desempatar novamente a partida, jogando uma ducha de água fria no time peruano, que acabara de conseguir um gol heroico. Guerrero perdeu bola na intermediária defensiva e Vargas arriscou de longe, aproveitando o mau posicionamento do goleiro Gallese.  Era o gol da difícil e suada classificação chilena.
Nos minutos que restavam, quem esteve no estádio Nacional de Santiago, seguiu presenciando um bom jogo de futebol, que terminou com festa chilena.

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