quarta-feira, dezembro 30, 2015

O BARCELONA DE 2015 E AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ: UMA HUMILDE HOMENAGEM, UM SINGELO "MUITO OBRIGADO"

Por Danilo Silveira

Existem momentos em nossas vidas que os ditados que parecem ser o mais clichê possível nos bastam para retratar determinada situação. Pois bem, “o mundo dá voltas”.

Foi no dia 4 de janeiro de 2015 a primeira vez em que esse que vos escreveu resolveu fazer uma publicação nesse meio de comunicação no ano de 2015. Era um texto que fazia uma breve análise da derrota do Barcelona, dentro de casa, para a Real Sociedad, por 1 x 0. Dia em que algo mais raro até que a própria derrota do Barça aconteceu: o time catalão não fez uma boa partida. Messi e Neymar iniciaram no banco de reservas, entraram no intervalo, mas não evitaram a derrota. Rumores sobre certo mal estar entre o técnico Luis Enrique com Messi apontavam que o treinador deixaria o clube. Enfim, o cenário não parecia dos melhores para o fantástico Barcelona.

Tão fantástico que até aí ele nos surpreende. A atuação de 4 de janeiro apontava muito mais para um ano complicado, assim como foram os dois anteriores, (logo após a saída de Joseph Guardiola do comando técnico), do que para o ano real do time catalão.

O Barcelona de 2015 fez algo magnífico, fantástico, que eu jamais havia presenciado, pelo menos nessa vida vigente. Um futebol de encher os olhos, uma sinergia do trio MSN que transcendeu o que parecia ser o limite do possível. O que o Barcelona fez em 2015 ecoa para a eternidade, me faz dizer que Messi, Suárez e Neymar formam o melhor trio de ataque que eu já vi jogar futebol.

Os títulos do Campeonato Espanhol, da Copa do Rei, da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes são meramente ilustrativos e secundários diante daquilo que foi exposto pelo Barcelona diante das quatro linhas. Outros times já ganharam diversos títulos em um só ano, mas dificilmente, diria eu quase que impossível, fazendo o que fez o Barcelona de Luis Enrique.

Neymar, Suárez e Messi parecem jogar juntos há mais de 20 anos. Entendem-se no olhar, no gestual, no mais simples e comum movimento corporal. É como se existisse até mesmo um quarto elemento: a bola. É como se ela participasse do processo, como se sua trajetória fosse pré-definida e Messi, Suárez e Neymar já soubessem previamente onde precisam se posicionar. Tão surreal, tão real! Sorte tem aquele que possui o direito de sentar em frente à televisão e ver esse Barcelona jogar. Se hoje fala-se em Pelé, Garrincha, Sócrates, Falcão, Zico, daqui a 30, 50, 100 anos, se falará em Messi, Suárez e Neymar. Três que valem mais que três! Quando se juntam, Messi, Suárez e Neymar valem muito mais que a soma de sues talentos. A união, a tática, a distribuição espacial os fazem valer muito mais que isso.

Mas não seremos injustos. Quando falamos do Barcelona de 2015 não podemos esquecer de Piqué, Mascherano, Busquets, Iniesta, Xavi (jogou até o fim do primeiro semestre), entre outros, que fazem o time andar (leia-se desfilar), e abrem caminho para o MSN brilhar.

De 4 de janeiro a 30 de dezembro – 360 dias – houve tempo suficiente para a Terra dar quase uma volta inteira ao redor do sol, tempo suficiente para o fantástico Barcelona nos mostrar o que é o futebol na sua mais pura essência. Que venha 2016. Que venha mais uma volta da Terra sobre o sol, afinal, “o mundo dá voltas”l! Que Lionel Messi, o mais extraterrestre dos terrestres que jogam futebol possa comandar novos shows do time mais extraterrestre dos terrestres.


Vida longa a esse Barcelona e um, humilde muito obrigado! Feliz ano novo a todos!

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