quarta-feira, junho 20, 2018

JOGO 14: NO "FERG TIME", INGLATERRA VENCE TUNÍSIA


Por Danilo Silveira

Alex Ferguson treinou Manchester United por quase 27 anos. Entrou no clube no fim de 1986 e saiu no meio 2013, ano em que aposentou-se. Confesso que não acompanhei nem metade da carreira de Alex Ferguson no Manchester United. Eu era muito novo, criança, não assistia futebol. Ma,s do "pouco" que acompanhei, pude perceber alguns detalhes.

O maior deles é que o Manchester de Fersuson nunca estava morto antes do apito final. Parece óbvio, nenhum time está morto antes de o jogo acabar. Mas, quando se une Alex Ferguson e Manchester United, essa frase ganha um peso extra. O time podia estar jogando mal, as coisas podiam não estar da melhor maneira, mas a vitória muitas vezes vinha assim mesmo. Nos minutos finais, de forma sofrida, mas o fato é que ela muitas vezes vinha instantes antes do árbitro apitar o final do jogo.

Isso fez com que apelidassem os minutos finais da partida de "Ferg Time", isto é, "o tempo de Ferguson". Ele inicia-se mais ou menos aos 40 do segundo tempo e termina quando o árbitro encerra o jogo. Esse era o período mais perigoso para os adversários do Manchester United. Desconheço estudos estatísticos que analisem o Manchester de Ferguson nos minutos finais dos jogos. Mas não precisa de estudo. Quem via o Manchester do Ferguson jogar com frequência, sabe disso. Era imensurável, inexplicável. Daquelas coisas que colocamos no campo do imponderável!

Mas o que isto tem a ver com a Copa da Rússia em 2018? Tem a ver porque a Inglaterra, terra do  Manchester United de Ferguson, viu sua seleção aproveitar-se do tal "Ferg Time". Os minutos passavam-se e o 1x1 persistia no placar, e cada vez mais parecia improvável sair um gol n partida. Foi quando após um escanteio cobrado da direita e um desvio no meio da área, Harry Kane apareceu no segundo pau, livre de marcação, e com bonita cabeçada, fez o gol da vitória inglesa.Gol e vitória do alívio, para um seleção campeã do Mundo, que na Copa passada não venceu um jogo sequer.

Falando do jogo em si, podemos dizer que o primeiro tempo foi bom, jogado em uma intensidade legal. Principalmente no início, onde a Inglaterra partiu para cima da Tunísia, criando boas chances de gol. Logo aos 11, Harry Kane, o mesmo que fez o gol da vitória inglesa, abriu o marcador. E foi num lnce também de bola parada. Escanteio cobrado da esquerda, Stones cabeceou, Hassen defendeu e lá estava o camisa 9 pra pegar o rebote e estufas as redes inglesas. Parecia que estava se desenhando uma vitória confortável da Inglaterra, devido ao bom volume de jogo apresentado pela seleção dirigida por Gareth Southgate. Mas, aos 34, Sassi empatou o jogo, em cobrança de pênalti.

A segunda etapa foi disputada em uma intensidade bem menor. A Tunísia começou conseguindo conter uma possível pressão inglesa, através de um bom toque de toque. Toque de bola esse que não era vertical, ou seja, a Tunísia tinha a bola, mas não chegava perto da meta adversária. E, aos poucos, a Inglaterra foi assumindo o controle da partida, ocupando o campo de ataque. Mas faltava inspiração, faltava o drible, a jogada de profundidade, o chute de fora da área. O 1x1 parecia inevitável. Só mesmo através do dito "Ferg Time" para a Inglaterra conquistar uma vitória que não vinha há oito anos.

Como dito acima, o jogo alternou bruscamente de intensidade ao longo dos 90 minutos. Mas um coisa que me chamou atenção positivamente. A tentativa das duas equipes de jogar pelo chão. Poucos cruzamento para a área, pouco chutões, pouco "bico pro alto". Acredito que na segunda rodada, Inglaterra e Tunísia farão apresentações melhores, contra Panamá e Bélgica, respectivamente.

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