quarta-feira, junho 20, 2018

JOGO 13: PRAZER, BÉLGICA!

Por Danilo Silveira


Lá vem a Bélgica! Jogando futebol de pé em pé, organizada, com vocação ofensiva, cheia de jogadores de técnica para lá de apurada.
Sem essa de jogo fácil, sem esse de seleção "já eliminada" antes de a bola rolar. Um pouco de respeito com aqueles que se classificaram ao Mundial!
O Panamá foi envolvido pela Bélgica, terminou derrotado, por um placar até certo ponto elástico. Mas não fez um papel feio. Mostrou organização, suportou a pressão e, em alguns momentos, chegou de maneira organizada ao campo ofensivo.
O placar final de 3x0 para a Bélgica teve sua construção iniciada somente na segunda etapa, em chutaço de Mertens. Um golaço! Gol esse que veio a premiar a equipe que mais tentava o gol, que mais atacava, que mostrava ter maior qualidade técnica
O fato é que o gol mudou um pouco o desenho tático da partida. O Panamá se abriu, em busca do empate, sendo mais contundente no ataque e abrindo espaços na defesa. Isso trouxe emoção e intensidade ao gramado do estádio Olímpico de Sóchi
A qualidade belga prevaleceu! Os dois gols de Lukaku trouxeram tranquilidade e elasticidade ao placar. A qualidade individual, o jogo coletivo...não vejo nenhum motivo para duvidar da Bélgica. 
Sem essa de falta de tradição, de peso de camisa e qualquer análises nesse sentido. A Bélgica vem forte, muito forte. O Panamá pode incomodar muito, não esperem vida fácil de Tunísia e Inglaterra diante da seleção estreante em Mundiais.

Confesso que antes de a Copa começar, não sabia muito em quais condições a Bélgica estrearia. Sabia, sim, que tratava-se de uma geração muito talentosa, e que os convocados em 2014 formavam a base também para 2018. Mas não sabia quais as ideias de futebol do treinador espanhol Roberto Martínez. Tinha ouvido comentários que tratava-se de um treinador retranqueiro, mas não podia julgar sem observar. 

O que tenho a dizer é que se em algum momento Martínez foi retranqueiro, esse momento parece ter ficado em algum lugar do passado.A atuação contra o Panamá dá indícios que o trabalho está sendo bem feito e que a Bélgica não pretende retrancar-se ao longo do Mundial. Martínez parece estar, de maneira interessante, dando continuidade ao trabalho de Marc Wilmots, treinador da equipe na Copa do Mundo de 2014, quando a Bégica apresentou um futebol bastante convincente.

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