domingo, julho 08, 2018

FRANÇA DERROTA URUGUAI E PEGA A BÉLGICA NA SEMIFINAL, EM UM DUELO PROMISSOR

Por Danilo Dias

Chegar às quartas-de-final da Copa do Mundo foi o limite para a seleção uruguaia, comandada por Óscar Tabárez. E cada uruguaio sabe o quão difícil foi chegar até ela. Uma primeira fase arrastada, placares magros contra Egito e Arábia Saudita. Uma boa atuação contra a Rússia garantiu o primeiro lugar no grupo e o duelo contra Portugal nas oitavas foi duríssimo, terminando com vitória para garantir os 100% e lugar entre os oito mais bem colocados do mundo.

Bater o Uruguai é difícil, duro. É aquele time que, jogando bem ou jogando mal, quase sempre endurecer as partidas. Parece um pouco do jeito uruguaio de ser, parece estar no DNA e ir além da qualidade do time que encontra-se dentro das 4 linhas. E falando em time, o Uruguai tinha para as quartas de final, um desfalque e tanto. Cavani machucou-se contra Portugal e estava vetado para a partida.

Era a primeira vez que o Uruguai enfrentava um time de fato superior. Do outro lado, era nada mais, nada menos que a França de Griezmann, Mbappé, Pogba e companhia. E aí, nem a raça da dupla Godín e Giménez, nem a luta incessante de Suárez e o esquema bem montado por Tabárez foram capazes de frear o coletivo francês.

Cabe destacar que a França fez a sua melhor partida na Copa do Mundo. Soube se impôr, soube propor o jogo e dominar a partida. Fez aquilo que se espera de alguém que deseja ser campeão mundial, fez aquilo que se espera do melhor time dentro de campo.

Ainda que não seja um futebol tão agradável de se assistir, ainda não não seja um estilo de jogo ofensivo, o Uruguai cai de pé na Copa do Mundo. A dependência de Cavani e Suárez preocupa para um futuro próximo. É preciso renovar, é preciso que surjam novas opções para o ataque, senão à altura, próximo do nível dessa dupla, uma das melhores do mundo.

Impossível não destacar o comovente choro do zagueiro uruguaio Giménez, antes mesmo do apito final. Por volta dos 43 da segunda etapa, o placar marcava 2x0 para França (placar final do jogo) e o zagueiro foi as lágrimas, dentro do campo. Chorava a eliminação do seu país, antes mesmo da sua consolidação. O futebol vai muito além de a bola rolando, propriamente. É um turbilhão de emoções para quem joga, para quem assiste das arquibancadas e até para quem, como eu, assiste pela televisão, de outro continente.

Segue a França, com um encontro marcado diante da Bélgica, que eliminou nada mais, nada menos, que o Brasil de Neymar, Coutinho e companhia. Jogo que promete ser espetacular. Se as duas equipes apresentarem todo o futebol que podem, a chance de termos o melhor jogo dessa Copa do Mundo é grande. Imperdível!


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