Por Danilo Silveira
Talvez a melhor atuação de um jogador até aqui na Copa. Os presentes no estádio Ahmad Bin Ali puderam desfrutar de tudo de melhor que Lionel Messi tem a oferecer para esse esporte. Uma atuação de gala de um gênio, que aos 35 anos, é sério candidato a ser o melhor jogador do Mundial.
O gol aos 34 minutos da primeira etapa, quebrando a forte marcação australiana, foi a cereja do bolo para coroar a atuação. Messi flutua por todos os setores do campo e onde junta ele e a bola, a chance de sair coisa boa é enorme.
É como se a bola tivesse uma imã, assim como as chuteiras de Messi. Por vezes, vários jogadores de amarelo tentavam, sem sucesso, tirar a bola dos pés do craque.
A vitória da Argentina se encaminhava de forma razoavelmente tranquila. Aos 11 da segunda etapa, o goleiro Ryan falhou em saída de bola e Álvarez aproveitou para ampliar: 2x0.
Mas aqui, estamos falando de Copa do Mundo. Difícil conseguir uma classificação em um jogo eliminatório, sem passar por nenhum percalço. Aos 31 minutos, Goodwin arriscou, a bola desviou em Enzo Fernández e venceu o goleiro Martínez: 2x1.
Daí até o apito final, o jogo ficou eletrizante. A Austrália se lançou ao ataque, abriu espaço para a Argentina contra atacar. Messi deixou Lautaro na cara do gol por duas vezes, mas o camisa 25 desperdiçou as duas chances e seguiu sem balançar as redes na Copa.
Aos 51 minutos da segunda etapa, um dos lances mais incríveis da Copa. Kuol saiu do banco de reservas para ter a chance mais clara de empatar o jogo para a Austrália, algo que beirava o inimaginável alguns minutos antes. Martínez, com o braço esquerdo, colocou a Argentina a três jogos do tri.
Na próxima sexta-feira, Argentina e Holanda se enfrentam por vaga na semifinal. Em 2014, as duas seleções se enfrentaram na semifinal e a Argentina levou a melhor, classificando-se para a final.
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