terça-feira, outubro 05, 2010

TROCA DE TÉCNICOS.

Como é comum no Brasil, digo até cultural, quando um time não consegue resultados convincentes, o primeiro a rodar é o técnico. Quase sempre acontece assim. Pura matemática: a porcentagem de pontos conquistada não satisfez a torcida e a diretoria, coloca-se o técnico no olho da rua. Silas e Sérgio Baresi sofreram com isso em Flamengo e São Paulo respectivamente.

Depois de 7 anos consecutivos disputando libertadores da América, o São Paulo deve enfim ficar fora do torneio sul americano. Isso porque a equipe está a 13 pontos da zona de classificação para o torneio e faltam 11 rodadas. Mas o tricolor paulista também não está perto do rebaixamento, 8 pontos a frente do Atlético-GO, primeiro time do Z-4. Esse é um dos motivos que fazem crer que Sérgio Baresi poderia ficar a frente do time até o final do ano. São apenas mais 11 jogos, o campeonato está acabando. A diretoria poderia esperar até Dezembro, e aí sim, começar com calma a pensar um nome para assumir o cargo de treinador do São Paulo em 2011. Mas não foi assim que pensou o presidente do São Paulo e Sérgio Baresi voltou para o posto de interino e para seu lugar foi contratado Paulo César Carpegianni, que abandonou o Furação, que ainda luta por uma vaga na Libertadores. Salvo alguma catástrofe, Carpegianni será o técnico do São Paulo no começo de 2011. Por sua vez, o Atlético-PR apostou na contratação de Sérgio Soares para dar seqüência aos bons resultados. Ele foi o técnico do Santo André na campanha do vice campeonato do paulista desse ano. Depois de perder mais de meio time, estava perto da zona de rebaixamento na série B.

Já o caso de Silas no Flamengo foi mais delicado. Sua breve estadia na Gávea foi conturbada. Não tudo por sua culpa, mas o treinador tem sua parcela de culpa. Após o jogo contra o Goiás, por exemplo, ele disse que "não fazia gol contra", referindo-se ao zagueiro Jean, que havia marcado um gol contra naquela partida. Isso causou instabilidade e para agravar ainda mais a situação, 10 jogos e apenas uma vitória. Zico, que o contratou, pediu demissão do cargo de diretor executivo de futebol por problemas políticos. Ou seja, Silas foi um bombeiro que não conseguiu apagar o incêndio e ainda contribuiu para ele se alastrar. Mesmo assim eu optaria por seguir com ele, até pelo menos o final do ano. Não foi assim que Patrícia Amorim decidiu fazer. Para o seu lugar foi contratado Vanderlei Luxemburgo, recém demitido do Galo. Contratação de peso e arriscada. Não gosto de analisar futebol pura e simplesmente por resultados. Mas nesse caso me parece inevitável. Se Luxa livra o Fla do rebaixamento, continua no cargo e planeja 2011, se cair com o time para a série B, será uma tragédia e uma eterna mancha para o maior clube do Brasil.

Nos últimos anos o Fla conseguiu manter os seus técnicos no comando por bastante tempo, foram no máximo dois por ano desde 2007, mas em 2010 Luxa já é o qaurto comandante rubro negro:

2007 – Ney Franco – Joel
2008 – Joel – Caio Júnior
2009 – Cuca - Andrade
2010 – Andrade – Rogério Lourenço – Silas - Luxa

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