quinta-feira, fevereiro 10, 2011

DEFESA COMPLICA E FLU SÓ EMPATA NA ESTRÉIA.

Por Marcos Freitas
O Fluminense inciou ontem à noite sua 4ª participação na Taça Libertadores, com um empate por 2 a 2 com o Argentinos Jrs no Engenhão. O jogo, que também marcava a estreia do Engenhão na competição sul-americana, foi marcado pela rivalidade entre brasileiros e argentinos, pela catimba quase sempre desleal dos argentinos e pela falta de espírito de Libertadores que o Tricolor demonstrou no 1º tempo.
No início do jogo, o Flu demonstrou quem era o mandante. As melhores jogadas saíam pelas laterais do campo, com Carlinhos e Mariano. Conca era figura apagada. Rafael Moura tentava, como no chute de fora da área que Navarro defendeu em dois tempos.
O Argentinos Jrs, percebendo que o tricolor tinha dificuldades em pressionar, resolveu sair para o jogo nos contra-ataques. Em um deles, após cruzamento da esquerda, Niell desviou e André Luis tirou em cima da linha (será?), em lance muito duvidoso. Logo depois o primeiro golpe. Após cobrança de falta, Niell de apenas 1,62m, desviou. A bola ainda resvalou em Diguinho e enganou Diego Cavalieri.
No segundo tempo, Muricy Ramalho deve ter chacoalhado seus comandados no vestiário. O time voltou com ímpeto e mais vontade, e melhorou consideravelmente após a entrada de Rodriguinho. Aos 14, veio o empate. Cruzamento da direita e Rafael Moura, oportunista, cabeceou com a contribuição do goleiro e catimbeiro Navarro: 1 a 1. Então, a torcida veio junto com o time e tudo indicava que a equipe viraria o jogo. Mas time argentino, não importa a situação, não desiste nunca. E numa falha do goleiro Diego Cavalieri, Niell, novamente cabeceou e colocou o time portenho a frente no placar. A torcida, impaciente, começou a pegar no pé do goleiro, pedindo o ex-titular Ricardo Berna. Muricy então, decidiu partir para o tudo ou nada: colocou Marquinho no lugar do zagueiro André Luis. Logo em sua primeira jogada, o meia cabeceou a bola fugiu do alcance de Rafael Moura, mas encontrou Mariano que encontrou o He-Man, dessa vez sozinho para empatar novamente: 2 a 2. É o quarto gol de Rafael Moura, que definitivamente lutará por uma vaga no disputado ataque tricolor. A dinâmica do jogo seguiu essa. Flu pressionando, o time do Argentinos Jrs retrancado, apostando em contra-ataques. Ainda é muito cedo para afirmar alguma coisa, mas este resultado dificulta a situação do tricolor. Além do grupo, a tabela é desfávorel ao time das Laranjeiras, que encerrará sua participação com dois jogos fora de casa e contava com 2 vitórias em casa para tranquilizar-se na competição. Além disso, os eternos desfalques Deco e Emerson estão sem previsão de volta. Para ganhar a Libertadores, é necessário espírito de Libertadores. O flu, pelo menos ontem, não teve.

2 comentários:

  1. O Rafael Moura jogou muita bola na quarta, salvou o Fluminense da derrota. Queria também comentar sobre o Diego Cavalieri, tem pessoas que já estão dizendo que ele é ruim. Bom, eu não acho isso...só por uma partida nós devemos condenar ele? Claro que não, ele vai melhorar.

    Abraços,

    www.jogosarsenalfc.blogspot.com

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  2. Muito bom seu texto e narrativa Danilo, parabéns!
    Libertadores é isso ai mesmo. O Corinthians foi um exemplo prático de que não ganha jogo somente os times com bons elencos. Vale também a estratégia da competição, a forma de jogar e principalmente o estado emocional dos jogadores. Nesse quesito, os brasileiros ainda são e estão mais vulneráveis do que os vizinhos sul-americanos. Quanto ao Cavalieri, bem lembrado por Rafael, ele é bom goleiro, falhou e não vai ser a primeira nem a última falha. Vida de goleiro é assim mesmo. Agora que ele falhou, falhou...
    Jean Francisco
    esportday.blogspot.com

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