quarta-feira, abril 27, 2011

MESSI BRILHA E BARÇA VENCE UM DESTEMPERADO REAL MADRID.

Por Danilo Silveira.

Minha ansiedade para esse jogo era grande. Como bom amante do futebol arte, torcia para o Barça. Foi difícil! A equipe catalã enfrentou dentro do Santiago Bernabeu um Real nervoso, destemperado, violento e que quis ao máximo impedir a realização de um bom espetáculo, que era o natural, diante de dois grandes elencos das equipes em campo.

Real marca forte e impede que se tenha futebol.

A partida começou com o Real Madrid, recheado de jogadores de defesa, marcando de maneira avançada, impedindo que o Barça trocasse passes no campo de ataque. E esse panorama não mudou durante todo o primeiro tempo. A equipe catalã mantinha a posse de bola, mas trocava passes mais recuada. Quando tinha a bola, o Real pouco conseguia criar; Ozil, Di Maria e Cristiano Ronaldo eram os homens de frente e no mais, volantes! Pepe, escalado no meio de campo, corria, marcava, mostrava vontade mas com a bola no pé era uma tristeza. De se destacar, dois chutes da equipe do Barça. Aos 38, Arbeloa cometeu falta fora do lance em Pedro; confusão estabelecida em campo e discussão entre os jogadores. O jogo ficou quente, a bola voltou a rolar, mas aos 44, nova confusão e a partida foi pro intervalo com jogadores se estranhando antes da entrada do vestiário. O resultado disso foi a expulsão de Pinto, goleiro reserva da equipe Catalã.

Destempero no Real, Messi no Barça.

Mourinho jogou a primeira etapa sem centroavante, mas para os 45 minutos finais resolveu lançar Adebayor, só que para isso tirou Ozil, um homem de criação. O atacante até que entrou disposto, marcando muito, correndo e o Real foi tentando avançar. Até que aos 15 minutos, Pepe fez aquilo que faltava; deu uma entrada muito violenta em Daniel Alves, sendo expulso de campo. Nova confusão estabelecida e José Mourinho acabou sendo expulso também. O comandante Merengue foi sentar em uma cadeira cercada por grades, de onde via a partida com seu olhar arrogante. Enfim, o Barça conseguiu avançar e apresentar seu futebol; sorte dos espectadores que ao menos uma equipe queria jogar bola, partindo do princípio que o Real foi a campo para evitar que houvesse futebol. Aos 22, Xavi abriu na direita para Villa que chutou para defesa de Cassillas e na sobra, Pedro quase empurrou pro gol. O atacante espanhol caiu no chão e Marcelo, que se mostrou muito estressado em campo, pisou (parece ter sido proposital) em sua perna. Adebayor era outro que se mostrava nervoso em campo, empurrando, deixando o braço no adversário. Um clube tão grande e tradicional não respeitou a própria torcida, fazendo do campo de jogo um ringue. Guardiola sacou Pedro e lançou Afellay e dos pés do holândes saiu o gol da equipe que mais estava disposta a jogar bola; ele recebeu na direita, passou por Marcelo e cruzou para Messi empurrar para o fundo das redes. E do "cercadinho", José Mourinho ainda viu Messi arrancar em direção ao gol, fazer fila e tocar na saída de Cassillas para fechar a conta: 0 x 2.

Se o espetáculo, o toque de bola avançado e as dezenas de chances de gol não apareceram, apareceu o talento de Messi, apareceu a covardia e violência do Real. Para aqueles que gostam de futebol, hoje estava impossível torcer para o Real. Ainda tem o jogo de volta e estou curioso para saber o que Mourinho vai fazer, precisando marcar pelo menos dois gols.

Um comentário:

  1. "O comandante Merengue foi sentar em uma cadeira cercada por grades, de onde via a partida com seu olhar arrogante".

    Esse trecho diz muito sobre a partida.

    Abraços.

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