domingo, maio 22, 2011

ENTREVISTA COM CUCA


Fonte: justicadesportiva.uol.com.br

Por Danilo Silveira

Após quase sete meses, o Brasileirão 2011 está de volta. A maior competição do futebol Brasileiro vai ter início neste sábado, dia 21 de maio. De alguns anos pra cá, virou um fato comum os astros do nosso futebol retornarem do exterior para jogarem aqui. Foi o caso de Adriano em 2009 no Flamengo, Fred no Fluminense no mesmo ano. Em 2011, Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves chegaram na Gávea, Alex veio da Rússia pro Corinthians, Luis Fabiano deixou o Sevilla e retornou ao Morumbi. Com isso, teremos um dos Campeonatos mais esperados e aguardados dos últimos anos.

O técnico Cuca, especialista em montar equipes que jogam bonito, já tem bastante experiência em Brasileiros. Em 2007, ele liderou a competição durante algumas rodadas à frente do Botafogo. Dois anos mais tarde, em 2009, o comandante iniciou a competição no Flamengo, que acabou sendo campeão daquele ano. Só que ele foi demitido nas rodadas iniciais e na reta final, aceitou o convite do Fluminense, e com uma grande arrancada, salvou o Tricolor Carioca da série B. Em 2010, Cuca estava desempregado no começo do Brasileirão, mas após algumas rodadas, veio o convite do Cruzeiro. E ele acertou a mão, arrancando com o Raposa, chegando a liderar o Campeonato e disputar o caneco até a última rodada, mas o título acabou ficando nas mãos do seu ex clube, o Fluminense. Agora, ainda no comando Celeste, Cuca busca o inédito título.

Com tantas equipes reforçadas, craques voltando ao Brasil e novos talentos surgindo, fica cada vez mais difícil apontar favoritos para essa competição. Quando questionado se o Cruzeiro é o favorito, Cuca disse que não só a equipe Celeste, como muitas outras. “O Cruzeiro e mais uns 10. Os quatro do Rio, os quatro de São Paulo, os dois do Sul e o Atlético/MG”, analisou. Com tantas equipes fortes, é necessário estar focado desde o início da competição, já que as partidas das primeiras rodadas valem os mesmos 3 pontos que uma partida da reta final. Quando perguntado se pretende mostrar ao grupo que o duelo da estreia, domingo, dia 22 de maio diante do Figueirense, fora de casa, já pode ser considerado decisivo, Cuca comentou sobre a adaptação das equipes aos campeonatos pontos corridos:

"Sem dúvida, pois os times aprenderam a jogar pontos corridos e sabem que um jogo do início pode ter o mesmo peso de um jogo lá da frente.”, analisou.

Em 2003, o Cruzeiro conseguiu um feito muito difícil: conquistar três títulos em uma mesma temporada, a famosa tríplice coroa. Naquele ano, sob comando de Vanderley Luxemburgo, a Raposa conquistou o Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileirão, que pela primeira vez era disputado em pontos corridos. Em 2011, já não é possível para o clube conquistar três títulos, já que a equipe deu adeus à Libertadores ao ser derrotadas pelo Once Caldas, nas oitavas de final. Porém, o bom futebol apresnetado pela equipe pode gerar comparações. Cuca, porém, disse que não tem como comparar os dois grupos:

Andrade no Flamengo, Geninho no Atlético/PR, Muricy Ramalho no São Paulo, são muitas as histórias de identificações de técnicos com determinados clubes. E o título é uma grande forma de coroar um trabalho e gerar o reconhecimento da torcida. Cuca trabalhou no Botafogo em 2006, 2007 e 2008, mas não acumulou conquistar. Mesmo assim, os bons resultados como semifinais de Copa do Brasil em 2007 e 2008, vice campeonato Carioca também nesses dois anos, fez boa parte da torcida Alvinegra reconhecer o trabalho do treinador. No Cruzeiro, mais uma vez Cuca bateu na trave na primeira competição, sendo vice campeão Brasileiro. Mas, ao contrário de como aconteceu no Glorioso, Cuca transformou em 2011, seu trabalho em título, ao vencer o Campeonato Mineiro. Sendo assim, perguntamos ao comandante se ele espera fazer da sua passagem no Cruzeiro uma história duradoura e vitoriosa no clube:

“Se Deus quiser, mas a gente não sabe o que acontece lá na frente. A gente tava jogando o melhor futebol do Brasil e fomos eliminados da Libertadores para o Once Caldas. A gente precisou ganhar o Mineiro, se não ganha mela tudo.”

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