terça-feira, julho 12, 2011

JOGO 14: AOS CRÍTICOS COM CARINHO: COM SHOW DE MESSI, ARGENTINA VENCE E AVANÇA


Por Danilo Silveira

Se deixar companheiros na cara do gol é algo cansativo, Messi deve ter saído de campo exausto. Com uma atuação de gala do melhor do mundo, a Argentina venceu com facilidades a Costa Rica por 3 a 0, na cidade de Córdoba.. Se Higuaín estivesse em uma noite inspirada, o placar da partida seria bem mais elástico, devido à quantidade de gols perdidos pelo centroavante do Real Madrid.

Muitas chances e apenas um gol

Sergio batista promoveu quatro substituições na equipe em relação ao time que iniciou a partida contra a Colômbia. Cambiassso, Banega, Tévez e Lavezzi deixaram a equipe, para as entradas de Gago, Di María, Aguero e Higuaín. Quem conhece bem esses jogadores sabe que a equipe ficou muit
o mais ofensiva e quem viu a Copa do Mundo pode notar certa semelhança na parte ofensiva dessa Argentina com a de Maradonna durante o Mundial da África do Sul. A Costa Rica precisava dar muita sorte para essa Argentina dar errado. E os
hermanos começaram o jogo a mil. Aos 11, Gago abriu para Aguero na esquerda, o genro de Maradonna ajeitou para Higuaín chutar para fora. O domínio territorial era amplo da equipe Argentina, que dava poucos espaços para a Costa Rica trabalhar. Quando a equipe da América Central, por ventura, ultrapassava o meio-campo, o veloz Campbell era o jogador que mais se destacava. Mas as chances de gol de fato eram argentinas. Aos 20, Aguero arriscou de fora da área, pela ponta esquerda e assustou o goleiro Moreira, que viu a bola sair à sua direita. Aos 25, Higuaín recebeu pela direita e chutou rasteiro para defesa do goleiro. Logo em seguida, escanteio da esquerda e Burdisso carimbou o travessão. Percebe-se que o ritmo era alucinante, mas o astro principal ainda estava aquecendo-se. E aos 34, Messi recebeu na direita, avançou, cortou dois marcadores e inverteu para Aguero, que arriscou para fora. A Argentina jogava bem, criava, mas o gol não saía e intervalo aproximava-se. Aos 36, o melhor do mundo deu um passe genial, na cabeça de Higuaín, que livre de frente para o goleiro atrapalhou-se e acabou não tocando na bola. Seis minutos depois, Messi deixou novamente Higuaín de frente para o gol e dessa vez o atacante bateu para fora. De tanto insistir, a Argentina conseguiu o gol aos 45, quando após sobra de jogada aérea, Gago pegou de primeira de fora da área, Moreira defendeu estranho e Aguero pegou o rebote para fazer o gol que deve ter dado um grande alívio aos torcedores presentes no estádio.


No embalo de Messi!

Para a segunda etapa, o técnico da Costa Rica, Ricardo La
Volpe, tirou Calvo e Martínez, colocando Brenes e Madrigal. Sinceramente, eu nem notei diferença e isso pouco alterou o andamento da partida, com todo respeito aos jogadores costarriquenhos. Aos 2 minutos, Messi arrancava pelo meio com um marcador de cada lado e para interromper sua trajetória foi preciso que o terceiro homem de marcação chegasse de frente e cometesse uma falta dura, dando uma trombada no argentino. Aos 7, a Argentina ampliou em belíssima jogada. Higuaín tocou para Messi, que deu três toques na bola, um para dominar, outro para ajeitar a redonda e o último para tocar para Aguero, que tocou mais duas vezes na redonda, a primeira para dominar e a segunda para estufar as redes adversárias. Com o gol, Aguero assumia a artilharia
da competição, até ali, ele havia marcado todos os três gols dos hermanos. Ricardo La Volpe resolveu fazer sua última alteração, trocando Elizondo por Valle. Porém, ninguém parava Messi.Aos 15, ele deixou novamente Higuaín de frente para o gol, mas dessa vez o atacante foi puxado, mas o árbitro ignorou a penalidade. Mas, não tinha importância, porque quando se tem o melhor do mundo em campo, o centroavante tem várias chances de gols e aos 16 Messi deixou Higuaín livre na esquerda, mas o atacante voltou a errar o alvo. Chegava a dar pena do atacante do Real Madrid, que não conseguia por nada balançar as redes. Mas se ele não marcou, Di María marcou aos 18, depois de receber passe de Messi na esquerda e chutar. Com o placar praticamente decidido, a Argentina passou a tocar a bola com mais calma, cadenciar o jogo e ver o tempo passar. Aos 34, Sergio batista lançou Pastore e Biglia na equipe, tirando Higuaín e Di María. Vale lembrar que Pastore foi revelado em para o futebol em um clube da região de Córdoba, onde a partida se realizava, portanto, a torcida fazia a festa com o jogador em campo. Pouco depois, Lavezzi se preparava para entrar e a torcida começou a gritar o nome de Carlito Tévez, que perdeu a titularidade após duas partidas e não foi utilizado neste duelo. Aliás, algo parecido do que aconteceu com Robinho na Seleção Brasileira, que fez uma estréia ruim e perdeu a posição, não sendo utilizado nem no decorrer da partida diante do Paraguai, só que com uma mera diferença, que ao contrário do Brasil, a Argentina jogava muito bem diante da Costa Rica. Aos 40, Messi deixou Lavezzi na cara do goleiro, a exemplo do que fez nas duas partidas anteriores, e o atacante do Napoli finalizou com carinho, mas a bola cismou em não entrar, tocando o pé esquerdo da trave. O gol de honra da Costa Rica poderia ter saído, mas Romero evitou em cabeçada de Cubero e logo em seguida, a falta cobrada por Campbell passou perto, mas não teve o rumo do gol. Esse jogador merecia um gol de honra, pois se desdobrou no ataque costarriquenho. Aliás, destaque para a atuação do zagueiro Gabriel Milito, que foi super seguro, com desarmes precisos. Antes doa pito final, Lavezzi fez falta desnecessária e levou cartão amarelo, ficando suspenso para a partida das q
uartas-de-final.

Espero que os três jogos da primeira fase tenham servido de lição para Sergio Batista. Eles devem ter sido suficientes para o treinador perceber que a Argentina por nome é uma das melhores seleções do mundo e que se ele usar o talento que lhe é disponibilizado, a chance de obter um resultado positivo é bem maior. Di Maria,

Higuaín, Pastore, Messi, Aguero, Lavezzi, foi possível utilizar todos durante os 90 minutos, de forma alternada. Cambiasso é um bom volante sim, Banega tem lá sua habilidade, mas com todo respeito, vamos de futebol ofensivo que a coisa fica bem mais bonita. Da água para o vinho, do inferno para o céu, a Argentina está viva e chega às quartas-de-final com muita moral.
Quem diz que Messi não joga bem na seleção Argentina, provavelmente agora vai dizer que ele não joga bem no planeta Marte ou então em Plutão, que nem mais planeta é!

Um comentário:

  1. Danilo,
    vencer a poderosa seleção sub 22 da consagrada Costa Rica deve ter sido um feito, um marco na história da seleção argentina que podemos descreve como, deixa eu ver....... não fez mais que a obrigação, e os 3 x 0 ainda deve ser visto como muito preocupante para o futuro do futebol argentino.

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