sábado, setembro 24, 2011

COM DOSES DE SUFOCO, FLAMENGO REENCONTRA CAMINHO DAS VITÓRIAS


Por Danilo Silveira
Era um jogo onde o Flamengo precisa da vitória. Com ou sem futebol bonita, os três pontos se faziam necessários para a equipe espantar a uruca e voltar a sentir o sabor de terminar uma partida na frente do marcador. Dizer que foi fácil seria absurdo, dizer que o Flamengo jogou bem seria tão absurdo quanto, mas o 2 a 1 em cima do América/MG, sem Ronaldinho Gaúcho, fez o Rubro-Negro da Gávea chegar entrar na casa dos 40, atingindo 41 pontos na tabela.
Os quase 10 mil torcedores que compareceram ao frio e gelado Engenhão viram um show de horrores do Flamengo na primeira etapa. Thiago Neves não fazia nem sombra ao Thiago Neves do começo do ano e foi vaiado. Aírton, se não errou tudo, errou quase tudo que fez. Felipe salvou um chute pela direita, mas fez duas lambanças, ao sair errado do gol. Kempes era a figura que mais incomodava o Flamengo e foi dele o primeiro gol, que nasceu em um erro tático grotesco do time carioca. Um contra ataque rápido da equipe mineira pegou a zaga do Flamengo escancarada e a bola chegou na ponta direita e Botinelli acabou cometendo um pênalti infantil, convertido justamente por Kempes. Falando em Botinelli, chegou a dar pena do argentino, que errou tudo que teve direito. E na melhor chance do Flamengo na primeira etapa, ele recebeu na cara do gol, mas deu um peteleco, de primeira, para fácil defesa de Neneca. Aos gritos de “pra jogar no Mengo tem que ter disposição” o Flamengo deixou o campo de jogo para o intervalo.
De mudanças bruscas a equipe de Vanderlei Luxemburgo estava precisando. E o treinador as fez, lançando o jovem Thomás, Deivid e Diego Maurício nas vagas de Botinelli, Jael e Maldonado. Mais ofensivo, o Flamengo contou com o apoio da sua torcida, ansiosa por uma vitória. E o nome do segundo tempo foi Diego Maurício, que imprimiu velocidade ao jogo e dava muito trabalho em campo, sendo caçado pela marcação adversária. Léo Moura também subiu de produção e foi em um cruzamento do camisa 2 que o Flamengo empatou, em cabeçada de Deivid. Foi o suficiente para a torcida cantar ainda mais alto e empurrar o time. O América/MG, por sua vez, continuava com seu jogo, marcando forte e saindo com perigo. O relógio avançava e a apreensão crescia em cada torcedor rubro-negro. Aos 42, Thiago Neves cobrou falta com perigo, defendida por Neneca. E quando parecia que mais um empate estava por vir, Diego Maurício arrancou pela esquerda e após um bate rebate na área, Thiago Neves usou a cabeça para colocar a bola no fundo das redes do América, para dar um pouco de alegria ao torcedor rubro-negro, que vem sofrendo a cada dia com a má fase da equipe.

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