sábado, setembro 03, 2011

A DANÇA DAS CADEIRAS


Por Danilo Silveira


A dança das cadeiras dos técnicos da Série A esteve a todo vapor durante esta semana. Primeiro, na quinta-feira, Renato Gaúcho deixou o Atlético/PR e na última sexta-feira, quase simultaneamente, Joel Santana e Renê Simões foram desligados de Cruzeiro e Bahia respectivamente.

Não é de hoje a política dos clubes de demitir técnicos “à torta e à direita”. Não é tão fácil um profissional começar e terminar um Brasileirão como treinador da mesma equipe. Sou contra essa política, mas, vivendo o futebol brasileiro constantemente, cabe a mim analisar cada caso.

Renato Gaúcho chegou ao Furacão para substituir Adilson Batista, que fazia péssima campanha no Brasileirão. O Atlético de Renato fez boas partidas, conseguiu resultados positivos e parecia estar no caminho certo. Mas, segundo informações dos grandes veículos, Renato não estava satisfeitos com algumas situações internas e acabou pedindo demissão após a derrota para o Atlético/MG. E o Furacão já tem um novo técnico, trata-se de Antônio Lopes, que fugiu do rebaixamento com a equipe em 2010.

Já Renê Simões, conseguiu fazer boas partidas no Bahia, mas a falta de resultados positivos, principalmente em casa, fizeram a torcida se revoltar e pressionar o treinador, que não resistiu ao empate com o lanterna América/MG. dentro de casa.

O caso de Joel Santana é mais complexo. Joel assumiu o cruzeiro após a saída de Cuca, que deixou um trabalho fantástico, um time bom e com esquema de jogo envolvente, mas que não havia vencido nas cinco primeiras rodadas do Brasileirão. Joel chegou e logo começou a vencer seguidas partidas e se aproximar dos líderes, porém, resultados ruins começaram a aparecer novamente. Mas o caso de Joel parece ir além dos resultados. O Cruzeiro, do Cuca Para o Joel, mudou da água para o vinho. A equipe que tanto encantou o país no primeiro semestre, sumiu, desapareceu. O estilo do “papai Joel” podia ser visto no Cruzeiro. Aquele joguinho feio, fechado, que pouco tem a acrescentar ao futebol. E quem mais sofreu com isso foi o Cruzeiro. Devem, nesse momento, os cruzeirenses estarem sentindo imensa falta de Cuca. E sendo bem sincero, acredito que Cuca também está sentindo falta do Cruzeiro.

Posso estar errado, mais daqui para o fim do campeonato, creio que muitas demissões de treinadores ainda acontecerão, mas não me arrisco a dizer quais. Falando e treinador, nunca é demais deixar mais uma mensagem de apoio:

FORÇA RICARDO GOMES!!!

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