segunda-feira, setembro 19, 2011

EM CLÁSSICO EQUILIBRADO, BOTA E FLA NÃO SAEM DO EMPATE


Por Danilo Silveira

Pouco mais de 20 mil pessoas compareceram ao Engenhão no último domingo para assistir ao empate em 1 a 1 entre Botafogo e Flamengo. Loco Abreu abriu o placar para a equipe alvinegra, mas Jael saiu do banco de reservas para igualar o marcador. Resultado foi ruim para os dois times.
A partida começou equilibrada, mas logo o Flamengo passou a aparecer com mais freqüência no ataque, com a proposta de fazer a bola rodar, contando com os seus volantes Airton e Willians, que chegavam a frente para ajudar. Porém, o Botafogo estava bem postado na marcação e o Flamengo não conseguia levar muito perigo, e quando levou, o goleiro Jefferson apareceu bem. A aplicação tática e bom posicionamento da equipe de Caio Júnior, logo fizeram o panorama do jogo mudar. Com Maicosuel e Cortês ela ponta esquerda, Felipe Menezes pelo meio, Lucas pela direita, auxiliado pelo incansável Herrera, que caía por aquele setor e Loco Abreu mais adiantado, o Botafogo passou a atacar com mais freqüência e brigar o goleiro Felipe a se tornar o melhor jogador em campo até ali. O arqueiro do Fla começou a aparecer muito bem em várias ocasiões como em chute de fora de Maicosuel, por exemplo. Mas, ironicamente, ele falhou minutos depois. Após cruzamento da direita, Felipe saiu mal e Loco Abreu apareceu por trás de Alex Silva para cabecear para o fundo das redes. Detalhe engraçado foi a comemoração do uruguaio, que ficou parado, com os braços cruzado. Será uma provocação à comemoração feita por Ronaldinho Gaúcho apelidada de "parado na esquina"? A festa da torcida alvinegra contrastava com a torcida rubro-negra, que resolveu apoiar a equipe, que estava em desvantagem. E o Flamengo saiu em busca do ataque, na tentativa de empatar ainda na primeira etapa, porém, o Botafogo era mais organizado em campo e bem aplicado na marcação. Destaque para o argentino Herrera, que vinha até o campo defensivo dar combate. E o argentino protagonizou o lance mais bonito da primeira etapa, ao dar uma linda bicicleta, defendida com dificuldades por Felipe.
Para a segunda etapa, Vanderley Luxemburgo lançou Jael na vaga de Deivid, que não fez uma das suas piores partidas. Mas a estrela de Jael brilhou antes dos dez minutos. O atacante recebeu na área, desvencilhou-se de um marcador e finalizou bem para empatar a partida. Prontamente a torcida rubro-negra, que pedia raça ao time na volta do intervalo, começou a cantar alto no Engenhão e contagiar o time dentro de campo, que ia para cima em busca da virada. Thiago neves começou a aparecer bem, dando qualidade ao passe. O Flamengo passou a jogar melhor que o Botafogo, que acusava o golpe. A equipe de Caio Júnior já não marcava com tanta qualidade e o Flamengo dava pintas que viraria o jogo. E o professor alvinegro não demorou a mexer na equipe, fazendo uma substituição somente explicada em caso de cansaço ou lesão. Caio júnior sacou Herrera e lançou o meia Everton. Acredito que não por causa da substituição, mas o Glorioso equilibrou a partida. Por uma das laterais do campo tínhamos um bom duelo: Cortês x Léo Moura. Mostrando muita disposição, os laterais apareciam como boas opções de ataque para as suas equipes. Até aqui não citei, mas os volantes Airton e Willians não faziam boa partida. Principalmente Airton, que abusava das faltas e pouco acrescentava na parte ofensiva. Luxemburgo talvez tenha percebeu isso e lançou em seu lugar e a melhora foi nítida e instantânea. Caio Júnior, por sua vez, fez mais uma alteração que ao meu ver não se explica. Ele tirou Felipe Menezes e lançou o volante Lucas Zen, ficando assim com um volante a mais e um armador a menos. O jogo ficou abeto no fim, mas nenhuma equipe teve a capacidade e organização para chegar criar oportunidades claras de gol e o empate ficou de bom tamanho, fazendo jus a tudo que aconteceu em 90 minutos em um bom e movimentado clássico.

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