quinta-feira, setembro 15, 2011

"RALF, PAULINHO E RENATO ABREU" 2

Por Danilo Silveira

63 minutos! Esse foi o tempo que os brasileiros assistiram o meio-campo da seleção de seu país ser formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Até que Mano Menezes resolveu lançar Oscar na vaga do meio-campista do Flamengo.

Nos minutos iniciais

de duelo entre Brasil e Argentina, realizado na cidade de Córdoba, um nome apareceu bastante: Boselli. O atacante argentino teve três chances de abrir o placar, e por pouco não o fez. Na mais aguda delas, após uma bela jogada de ultrapassagem pela ponta direita, nas costas do lateral brasileiro Kleber, veio o cruzamento rasteiro e ele chegou batendo à esquerda de Jefferson. Aos 25 minutos, porém, Boselli se machucou e deu lugar a outro atacante, Gigliotti, que tão foi tão bem. Como era de se esperar (pelo menos eu esperava), o meio-campo da Seleção Brasileira formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”, fez o time ficar sem criação. Neymar era a figura que mais aparecia, tentando a todo instante furar a dura marcação Argentina. Aliás, o hermanos mostravam ser um time limitado, porém, bem mais organizado que o Brasil. Durante 45 minutos, a equipe de Mano Menezes deu apenas uma finalização a gol. E ela se deu aos 12 minutos, graças ao talento de Neymar, que recebeu lançamento de Réver, do campo de defesa, dominou, passou por dois marcadores e da ponta esquerda bateu cruzado encontrando Leandro Damião, que quase dentro do gol finalizou, mas por azar viu a bola tocar no poste esquerdo do goleiro Orión, que já estava fora da jogada. Martinez ainda arriscou um chute de fora da área, que passou à esquerda de Jefferson e o primeiro tempo terminou sem maiores emoções.

E para a segunda etapa, Mano Menezes não abriu mão do trio “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Mas, mesmo assim, o Brasil melhorou (piorar seria difícil). Pelo menos a equipe de azul e amarelo conseguiu, aos poucos, ocupar mais o campo ofensivo. Porém, nada era criado. Ronaldinho e Neymar tentavam algumas jogadas de lucidez, enquanto “Ralf, Paulinho e Renato Abreu” não faziam nada que um jogador simples e burocrático não faria. Aos 13, o treinador Alejandro Sabella tirou Martinez e lançou Mouche em campo. E só no 63º minuto da partida, Mano Menezes resolveu mexer na equipe, tirando Renato Abreu e colocando Oscar em campo. De fato, o garoto Oscar não foi bem, mas pelo menos não tínhamos mais o meio-campo da Seleção Brasileira formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Aos 21 minutos, Ronaldinho cobrou uma falta no meio do gol, defendida facilmente por Orión. Isso nem seria lido aqui, pois foi irrelevante, mas tornou-se importante estatisticamente, já que tratava-se apenas segunda finalização a gol da Seleção Brasileira na partida. E a terceira veio na jogada mais linda do jogo. Pela direita, Leandro Damião deu uma bela lambreta em um jogador argentino, errou o cruzamento e por pouco não fez um golaço por cobertura, mas a bola tocou a trave direita do goleiro. Aos 35, Ronaldinho cobrou outra falta, mas dessa vez com perigo, obrigando o goleiro a fazer boa defesa. Mais um chute de Oscar por cima do gol e foi só. Em 90 minutos, o Brasil finalizou cinco vezes. Para quem gosta de estatística, uma a cada 18 minutos. Ainda deu tempo de ver Casemiro entrar na vaga de Paulinho, mas a surpresa mesmo ficou por conta da não entrada de Lucas na equipe. Durante 63 minutos, a jovem promessa são-paulina ficou contemplando o meio-campo da Seleção formado por “Ralf, Paulinho e Renato Abreu”. Nos outros 27 eu não sei o que ele ficou fazendo, mas acredito que dentro das quatro linhas estaria fazendo coisa melhor.

Um comentário:

  1. Se você juntar os três nomes que estão dentro dessas aspas, acho que não forma 1 Lucas. Se Mano Menezes permanecer até a Copa do Mundo, o caminho até 2014 poderá nos reservar muitas pedras. Pedras que estão sendo colocadas muito mais por nós mesmos do que pelos adversários.

    Abraços.

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