quinta-feira, outubro 06, 2011

EM JOGO EMOCIONANTE, CRUZEIRO E SÃO PAULO MOSTRAM FRAGILIDADES DEFENSIVAS E EMPATAM EM SETE LAGOAS


Por Danilo Silveira

Um grande jogo de futebol em Sete Lagoas. Cruzeiro e São Paulo precisavam muito da vitória. Ambos vinham de derrota e o Cruzeiro precisava se afastar da zona de rebaixamento, enquanto o Tricolor paulista necessitava dos pontos para chegar mais perto do topo da tabela. E após o apito final, um empate cheio de gols e emoção: 3 a 3.

Com Roger e Montillo na armação, a equipe do técnico Vagner Mancini tomou a iniciativa da partida, se lançando para o ataque. Mas a primeira grande chance foi da equipe paulista. Aos 8, Jena tabelou com Luis Fabiano pela ponta direita e chutou cruzado com perigo. Porém, quatro minutos mais tarde, o Cruzeiro abriu o placar. Marquinhos Paraná achou Montillo na ponta esquerda, o argentino cruzou rasteiro para Keirisson chegar na frente dos marcadores e estufar as redes são paulinas. E a equipe celeste, apoiada pelo seu torcedor que comparecia em bom número à Arena do Jacaré, jogava bem, com destaque para Montillo, sempre ele! Mas o São Paulo era perigoso. E aos 23, novamente Jean apareceu pela direita e chutou cruzado, com a bola tocando a trave de Fábio. Seis minutos mais tarde, Cícero arrancou pelo meio em velocidade, não encontrou dificuldades maiores para dar um drible da vaca em um marcador, sair na cara de Fábio e driblar o goleiro. Porém, após isso, o jogador resolveu se atirar na área cavando uma penalidade, que erradamente o árbitro Paulo Godoy assinalou. Era a chance de Luís Fabiano marcar seu primeiro gol na volta ao São Paulo, mas Fábio pulou para o canto esquerdo e pegou a cobrança do Fabuloso. E as chances de gol eram criadas pelas duas equipes. Aos 38, Everton chutou de fora, obrigando Rogério Ceni a trabalhar. Pouco depois, Luis Fabiano, que mostrou muita presença de área, deu de calcanhar para Dagoberto, que tocou de cobertura, fazendo a bola ultrapassar Fábio e só ser cortada por Everton.

Após o bom primeiro tempo, as equipes voltavam para a disputa dos 45 minutos finais que foram emocionantes. O São Paulo começou bem melhor, se aproveitando da péssima marcação exercida pelos jogadores cruzeirenses. Aos 11, Vagner Mancini lançou Welington Paulista, que atuava pela primeira vez no segundo turno, já que estava contundido, na vaga de Keirisson. Mas o São Paulo era melhor e Dagoberto começou a ser o destaque da partida, flutuando pelos lados do campo e dando muito trabalho à marcação adversária. Um detalhe curioso é que, no último domingo, o atacante são Paulino deu uma entrada muito forte em jogador do Flamengo e poderia ter sido expulso, mas o árbitro não aplicou o cartão vermelho. Ou seja, Dagoberto teria que estar cumprindo suspensão nessa partida, caso a regra tivesse sido bem aplicada. Voltando ao jogo de Sete Lagoas, aos 14, Luis Fabiano recebeu na área e tocou para Cícero, que pela ponta esquerda, com pouco ângulo, chutou para empatar a partida. Aos 19, nova chance do Tricolor Paulista. Falta cobrada da esquerda, a defesa do Cruzeiro saiu e João Felipe recebeu na direita em posição legal, dominou e rolou para Luis Fabiano completar para as redes em posição duvidosa, acredito que centímetros impedido. Mas logo depois, Dagoberto, o mesmo que deveria estar cumprindo suspensão, arrancou pelo meio, driblou Leo e marquinhos Paraná, não foi alcançado por Welington Paulista, quer acompanhava na marcação, e chutou encobrindo o goleiro Fábio, para marcar um golaço e virar a partida.

Era o Cruzeiro em apuros, chegando à marca de nove jogos sem vencer. Aos 22, Roger deu lugar a Elber. A equipe cruzeirense, atrás no marcador, tentava sair do campo de defesa. E o gol de empate veio aos 26. Falta cobrada na área são paulina, Rogério Ceni saiu mal, a marcação afastou parcialmente o perigo e Charles pegou de primeira para empatar novamente o jogo. Detalhe é que a bola área novamente prejudicava o São Paulo, já que no jogo contra o Flamengo, a marcação esteve muito mal pelo alto. A torcida cruzeirense teve o gostinho de ver o time novamente não se encontrar atrás do marcador, mas somente por cinco minutos. Isso porque aos 31, Dagoberto, o nome do jogo, deu belíssimo lançamento da ponta direita para Juan, que se encontrava no segundo pau. O lateral cabeceou sem dificuldades para recolocar o São Paulo na frente. Vagner Mancini lançou Anselmo Ramon e o garoto teve estrela. Aos 34, escanteio cobrado da esquerda, Everton desviou para o segundo pau e Anselmo Ramon apareceu livre para escorar para o gol. Era novamente a bola aérea traindo o São Paulo e seu plano de assumir a liderança da competição. Aos 43, Adilson Batista tirou Dagoberto e lançou Marlos, porque eu não sei, só se explica em caso de contusão ou cansaço do atacante são Paulino. Aqui não foi dito, mas Rivaldo atuou os 90 minutos, tendo atuação discreta, mas não demonstrando cansaço.

Na verdade, o empate não foi bom para nenhum dos dois. O Cruzeiro segue sem vencer e cada vez mais favorito a freqüentar a Segundona em 2012, enquanto o São Paulo fica cada vez mais distante do título brasileiro.

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