sábado, outubro 08, 2011

SONÍFERO DE UMA SEXTA-FEIRA À NOITE

Por Danilo Silveira

Assistir os amistosos da seleção brasileira hoje em dia não é algo que dê muito prazer. Quando o duelo é contra renomadas seleções como Itália, França, Alemanha, Argentina, entre outras, ainda dá algum ânimo. Mas quando a nossa seleção enfrenta seleções com menos expressões, fica um fica realmente difícil de ver.

O pior não é somente assistir o jogo e sim saber que os principais jogadores do Brasil estão desfalcando seus clubes no Campeonato Brasileiro. E tem mais. É espantoso constatar que o Brasil enfrenta dificuldades na criação de jogadas e não apresenta um padrão de jogo sequer aceitável.

Os corajosos que ficaram a sexta-feira a noite em casa vendo o jogo entre Brasil e Costa Rica, foram agraciados com um show de lentidão e improdutividade na primeira etapa. E o problema não era a escalação. Ralf atuava quase como um terceiro zagueiro ao lado de Thiago Silva e David Luiz, com Fábio e Adriano como alas. Do meio para frente, Luis Gustavo, Ronaldinho, Lucas, Neymar e Fred. Mas faltava uma ligação, parecia faltar vontade. Aplicada, a Costa Rica adiantava a marcação e fazia coisa melhor que o Brasil quando detinha a posse de bola.

Para a segunda etapa, Mano Menezes lançou Hernanes e Oscar na vaga de Luis Gustavo e Lucas. E os dois foram melhores que seus titulares nesta partida. Oscar apareceu mais que Lucas para o jogo e Hernanes também foi mais participativo que o discreto, mas bom, Luis Gustavo. Nos primeiros minutos da segunda etapa, a Costa Rica resolveu explorar o lado esquerdo de ataque, dando trabalho à marcação brasileira por aquele setor. E Mano Menezes logo se viu obrigado a mexer novamente na equipe. Fábio, que estreava na lateral-esquerda da seleção, deu lugar a Daniel Alves. Neymar, muito marcado, pouco conseguia produzir e parece que aos poucos foi se estressando. Em dois lances quase seguidos, o jogador santista deixou o braço no rosto do adversário, mas só na segunda oportunidade que o árbitro da partida resolveu mostrar o cartão. Se fosse da cor vermelha não teria anda demais, mas ele optou por mostrar o amarelo. E aos 14, Neymar apareceu novamente, mas dessa vez para aproveitar que o goleiro costarriquenho saiu mal e completar o cruzamento de Daniel Alves da ponta direita. Aquele era o gol único da partida.

E o gol conteve os ânimos dos costarriquenhos e deu tranqüilidade para o Brasil. Mano fez mais substituições, tirando Neymar e Fred para as entradas de Hulk e Jonas e sacando Júlio César, machucado, para colocar Jefferson. O fato é que a seleção brasileira construiu muito pouco, mostrou pouca velocidade e raros lances de empolgação. Ronaldinho Gaúcho mais uma vez foi um dos melhores em campo, mostrando bastante vontade.

Mano Menezes está a mais de um ano na seleção brasileira, tem tido bastante amistosos para analisar e montar a seleção brasileira, teve a Copa América, mas parece que no somatório disso tudo, pouca coisa serviu para acrescentar ao futebol brasileiro.

Um comentário:

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