sábado, outubro 22, 2011

FLU TOMA NÓ TÁTICO E PERDE PARA O GALO

Por Danilo Silveira

Neste sábado, Fluminense e Atlético/MG se encontraram no Engenhão em situações opostas na tabela de classificação. Enquanto o Tricolor das Laranjeiras, comandado por Abel Braga, precisava de três pontos para se aproximar dos líderes do Brasileirão, o Galo, do técnico Cuca, queria uma vitória para dormir fora da zona de rebaixamento. E o resultado final foi que o treinador da equipe mineira deu um nó tático no comandante tricolor e o Galo venceu por 2 a 0.

Antes da bola rolar, uma prova de gratidão da torcida tricolor, que compareceu em peso, já que haviam mais de 24 mil pessoas no estádio. Ecoava alto das arquibancadas o canto de “Olê, olê, olé, olá, Cuca, Cuca”, certamente relembrando a campanha do treinador com o time em 2009, quando o clube estava virtualmente rebaixado e acabou permanecendo na Primeira Divisão. E quando a bola rolou, foi possível de cara perceber um Atlético Mineiro mais organizado que o Fluminense. A equipe carioca, apoiada pelo seu torcedor, ia para o ataque, mas esbarrava em uma forte marcação do adversário, que conseguia ser mais inteligente com a bola nos pés. E nos minutos iniciais, aconteceram três lances duvidosos dentro da área. E os dois possíveis pênaltis para o Tricolor não foram assinalados, enquanto o para o Galo foi. Daniel Carvalho cobrou no canto esquerdo de Cavalieri e abriu o marcador. Veja o lance no vídeo abaixo. Com três volantes (Edinho, Fernando Bob e Rodrigo Caio), o Fluminense tinha nos pés de Lanzini a maior esperanças de criação de jogadas. Carlos César e Bernard, laterais do Galo, conseguiam executar excelente marcação em Carlinhos e Mariano, fazendo o Fluminense perder as jogadas pelas pontas. Enquanto isso, Réver e Leonardo Silva marcavam os atacantes Rafael Sóbis e Martinuccio. Assim, a meta atleticana pouco era ameaçada. Investidas de Leandro Eusébio ao ataque com a bola nos pés e um chute a gol de Márcio Rosário quase do meio-campo, refletiam o nervosismo e a impaciência tricolor. O tempo foi passando e o Atlético cozinhava o jogo no melhor sentido da palavra. Isto é, quando tinha a bola o time de Cuca sabia direitinho como rodá-la em busca do melhor momento para atacar e quando estava sem ela, marcava com qualidade. O apito final se aproximava e o Fluminense não tinha criado quase nada. Em um dos últimos lances do primeiro tempo, um cruzamento da direita de Daniel carvalho parou na cabeça de André, que desviou para o gol tricolor, aumentando a vantagem atleticana.

Para a segunda etapa, Abel Braga fez o mínimo que se esperava dele: tirou Rodrigo Caio, um dos seus volantes, para colocar Araújo em campo. Verdade seja dita, o Fluminense não melhorou. E em duas bobeadas de Márcio Rosário, que fez péssima partidas, o Atlético quase chegou ao terceiro gol. Na chance mais aguda, Mancini acabou errando uma finalização pela ponta direita. Das arquibancadas, os gritos de “Souza, Souza” ecoavam cada vez mais alto, e as vaias para Fernando Bob também cresciam. Até que Abel Braga resolveu lançar o jogador que a torcida pedia, sacando Bob do time. A verdade é que Souza pouco conseguiu fazer, ele atuou perto de Lanzini, na criação, mas a marcação atleticana era tão bem executada que o Fluminense não conseguia penetrar. Logo depois da mexida de Abel, Cuca lançou Richarlyson na vaga de um sumido Mancini. E o ex-são Paulino entrou na ponta esquerda enquanto Bernard passou a atuar no lado direito. O tempo se passou, o Fluminense não deu sinais de reação e Abel queimou sua última alteração, lançando Ciro na vaga de Martinuccio. Cada vez mais o torcedor perdia a paciência e o Atlético se aproveitava dos erros do adversário para ter o jogo sob controle. Os gritos de “burro” para Abel Braga não demoraram a surgir. Cuca ainda lançou Neto Berola e Eron, nas vagas de André e Daniel Carvalho e o Fluminense ainda teve Leandro Eusébio expulso, ao tomar o segundo amarelo, por reclamação. Com um a menos, a coisa só piorou para o Tricolor, que atrás no placar se lançava ao ataque e deixava um buraco para o Galo explorar suas jogadas ofensivas. O apito final não demorou a chegar e uma tarde-noite fria no Engenhão terminou ruim para o Fluminense, que vê o título muito distante e excelente para o Galo, que respira.

Por fim, cabe ressaltar que o Galo foi superior taticamente durante toda a partida, manteve uma postura interessante de jogo durante os 90 minutos, enquanto o Fluminense não soube ter calma e tranqüilidade para furar a boa marcação do time mineiro e acabou saindo derrotado merecidamente.

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