quarta-feira, novembro 30, 2011

O GIGANTE DE LA BOCA

A história de um fantástico passeio na história do Boca Juniors, o gigante clube de Buenos Aires


Por Danilo Silveira

Atual líder do torneio Apertura, que corresponde a uma parte do Campeonato Argentino, o tradicional Boca Juniors, clube de Buenos Aires, depois de três anos sem disputar a Taça Libertadores da América, deve voltar a competir no torneio continental em 2012. E como é bom ver o Boca de volta! No mês de junho deste ano, tive a grande felicidade de viajar até a Argentina e visitar o tão famoso clube. Fiquei surpreso, encantado e feliz.

O começo de uma longa viagem pelo gigante

De táxi, cheguei ao simpático bairro de La Boca, onde fica localizado o Boca Juniors. Não demorou muito até avistar o estádio, pintado de amarelo e azul, as tradicionais cores do clube. O taxista fez um grande favor, me deixando na porta de entrada para a loja do clube, que é por onde entram os turistas que vão fazer visitas. Assim que entrei, me deparei com uma imensa quantidade de produtos do clube. Roupas, acessórios e muitos funcionários do clube para atender os visitantes. Aos poucos, fui me familiarizando com o local e não demorou muito para olhar para a minha direita e me deparar com, nada mais nada menos que duas estátuas. Tratavam-se de dois homens, de baixa estatura. Ali estavam, na minha frente, Juan Román Riquelme e Diego Armando Maradona, dois grande ídolos do futebol argentino e do clube. Claro que eu tinha em mãos a minha máquina fotográfica e registrava tudo que via pela frente. Depois de rodar bastante tempo na loja do clube, chegava a hora de visitar outra parte: uma espécie de museu, a casa do Boca! Mas, para isso, era necessário falar com um dos atendentes, gastar alguns pesos para adquirir um ticket que me possibilitava ter acesso a essa outra parte do clube. Dinheiro pago, ingresso na mão e lá fui eu.

A magia do Boca Juniors

Mesmo sem ter um guia turístico, não era difícil entender cada coisa que tinha no museu. Não demorou muito para me deparar com centenas de pequenas fotos de jogadores, além de um painel gigante. Nesse painel, estava o nome de cada jogador que já vestiu a camisa do Boca, algo simplesmente sensacional. Junto ao nome de cada jogador, tinham informações como data de nascimento e gols pelo clube. É difícil precisar o tempo, mas perdi (na verdade ganhei) muitos minutos admirando os jogadores que fizeram parte da história do gigante Boca Juniors. Um pouco mais adiante, um auditório gigantesco, certamente onde devem acontecer alguns eventos, mas, nesse dia, ele estava vazio e fiquei admirando alguns quadros , com alguns dizeres interessantes sobre o clube.



Algo muito difícil é lembrar de tudo que vi dentro do museu, pois a cada passo, a cada respiração, algo diferente, algo novo. Em uma das paredes, estavam estendidas diversas camisas que o clube usou ao longo da história, nesse momento, tive vontade de pegar algumas delas para mim, mas, obviamente não o fiz. Em cada parede, uma frase, uma imagem ou algo relacionado ao Boca. Em um dos cantos do museu, fotos grandes com os jogadores que fazem parte do atual elenco do clube. Nesse momento, percebemos que esse museu tinha uma grande peculiaridade: ser renovável. Se por conta disso alguém se sentir mal de usar a palavra museu, pode trocar, pode usar “Casa do Boca”, “Loja do Boca”, Exposição do Boca”, qualquer dessas expressões pode ser válida, mas o fato é que o lugar tinha uma atmosfera muito interessante e cada instante que passava, dava mais vontade de permanecer lá dentro.

De fato, a Bombonera!

Depois de vasculhar bastante o museu, chegava a hora de subir uma rampa, que sinceramente não sabia onde ia dar. E nem durante o percurso de subida eu consegui não ser interrompido por algo interessante. Mais ou menos na metade do caminho que me levava ao segundo andar, me deparei com uma grande maquete, que simbolizava o bairro de La Boca. A paisagem escura dava a entender que era noite e obviamente, tive que tirar fotos. Incrível como ao analisar as fotos foi possível ter uma nítida impressão de que todo aquele cenário é real. Eu já estava em La Boca, mas parecia que tinha outra, dentro dela mesmo, em forma de maquete. Algo mágico! Quando chegava ao fim do meu percurso na rampa, foi possível avistar algo verde: o que era? Sim! Era grama! Era o campo do Boca Juniors, a tão famosa “La Bombonera”. Demorei alguns muitos segundos para acreditar que estava chegando de fato ao estádio, estava avistando o campo do Gigante de Buenos Aires. Quando foi possível ver de o campo todo, fiquei alguns minutos parado, perplexo, encantado e pouco depois desci as escadas da arquibancada para ver o estádio todo. Impressionante a proximidade das arquibancadas para o campo. Impressionante também a altura do estádio.


Fiquei imaginando a pressão que um adversário deve sentir ao jogar dentro de “La Bombonera” lotada. Uma espécie de caldeirão, algo perfeito. Posso descrever o estádio em mil palavras e provavelmente, quem ainda não visitou o estádio, quando visitar vai achar melhor ainda. A arquibancada que eu me encontrava ficava situada atrás de um dos gols e era a única com acesso ao público. Logo, um simpático rapaz veio em minha direção perguntando meu time. Quando disse “Flamengo”, ele mostrou bastante preparo e citou os nomes de Fluminense, Vasco e Botafogo, mostrando conhecer o futebol brasileiro. Logo, ele disse que eu poderia gastar mais alguns pesos e pisar no gramado para tirar algumas fotos e uma dessas fotos seria entregue para mim na hora. Logicamente aceitei a proposta e quando entrei no campo ele me veio com a bandeira do Flamengo e eu praticamente não acreditei. O clube possui a bandeira de diversos clubes, para atender os desejos dos visitantes. Depois de algum tempo, lá estava a foto revelada em minhas mãos. Depois de ficar bastante tempo admirando o estádio, voltei para o museu e me deparei com mais coisas interessantes no segundo andar.

A história do Boca em vídeos

Se a visita acabasse por aí, eu já consideraria o Boca Juniors o maior clube de futebol que eu já visitei, mas tinha mais coisa. Era possível ver diversos telões, passando vídeos com jogos antigos. Cada telão representava uma campanha do Boca em determinada competição. Uma coisa fantástica! Abaixo do telão, todos os jogos do time naquele campeonato. Alem disso, protegidos por vidros, vários troféus do clube expostos. A quantidade de telões era tantas que parecia que eu estava dentro de uma grande emissora de televisão. Fiquei mais algum tempo admirando os vídeos, depois dei uma rápida passada no refeitório do clube. Quando desci as escadas para ir embora, a minha fome já estava grande. Vi mais algumas coisas interessantes, tirei mais algumas fotos e tratei de ir embora, antes que eu resolvesse ficar lá para sempre! Tirei algumas fotos do Aldo de fora do estádio e fui embora na certeza que tinha feito um dos melhores passeios da minha vida.

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