quarta-feira, dezembro 14, 2011

QUATRO ZAGUEIROS E TRÊS VOLANTES!!!

Por Danilo Silveira

Depois de tanto fazer vergonha e esbanjar ser um técnico medroso em território nacional. Muricy Ramalho alçou vôos mais altos. Agora, dirigindo o Santos no Mundial de Clubes, ele resolveu esbanjar sua falta de comprometimento com o futebol bonito fora do país.

Jogando em terras japonesas, contra o aplicado e arrumado time do Kashiwa Reysol, o tetracampeão brasileiro tanto aprontou que conseguiu terminar o jogo com quatro zagueirose três volantes em seu time. Tenho pena dos meias de-ligação e atacantes reservas da equipe santista. No primeiro tempo, o time da Vila não jogou bem, mas dois chutes de fora de área, em curto espaço de tempo, deram folga no marcador à equipe. Aos 19, Neymar deu um belo corte em um adversário e bateu de perna esquerda no ângulo direito superior do goleiro Sugeno. Quatro minutos mais tarde, Borges bateu, ao contrário de Neymar, de perna direita e acertou o ângulo superior esquerdo do goleiro do time japonês. O Kashiwa Reysol, por sua vez, apostava em jogadas criativas de Leandro Domingues no meio e Jorge Wagner pela esquerda, mas o time pouco conseguiu criar. Os atacantes Kudo e Tanaka pouco conseguiram produzir.

Veio a segunda etapa e o Santos se soltou em campo. Na jogada mais bonita da equipe, Ganso apareceu pela direita e deu um lançamento belíssimo para Durval, que desceu pela esquerda e a jogada terminou com finalização de Danilo para defesa de Sugeno. E no melhor momento do Santos no jogo, o bom lateral-direito Sakai, de cabeça, diminuiu o marcador para os japoneses. O melhor momento do Santos na partida logo se transformou no momento da maior instabilidade. O Kashiwa cresceu na partida e dava sinais de forças para empatar, enquanto o Santos se enrolava defensivamente. Foi quando aos 18, Danilo acertou uma cobrança de falta perfeita para marcar o terceiro do Santos. Era hora da tranqüilidade voltar ao time da Vila; Muricy lançou Allan Kardec na vaga de Elano. O Kashiwa veio com tudo para cima e nos minutos finais, Muricy fez aquilo que mais sabe fazer: demonstrar ser um técnico medroso, fraco e sem princípios condizentes com o futebol ofensivo. Ele sacou Borges e Danilo, lançando Íbson e Bruno Aguiar, terminando a partida sofrendo uma incisiva pressão da equipe japonesa e com quatro zagueiros e três volantes em campo.

Dizem que o Santos representa o Brasil no Mundial; se eu for acreditar nisso, chegarei à conclusão que o futebol brasileiro é uma vergonha. Prefiro acreditar que o Santos dirigido pelo Muricy no Mundial é um pesadelo que logo vai terminar. Mostro-me solidário ao torcedor santista que está envergonhado.

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