A grande surpresa do clássico, na minha opinião, foi a excelente
atuação do Botafogo como um todo, principalmente na primeira etapa. No caso do
Vasco, nada de muito diferente do que aconteceu em outras partidas. Um time que
mostra vontade, luta, corre atrás do jogo, que tem bons valores individuais,
mas que deixa a desejar taticamente. A partida do Vasco diante do Botafogo foi
muito diferente da partida que a equipe fez contra o Flamengo oito dias atrás?
Não! O que acontece, é que naquela ocasião, o time cruzmaltino via do outro
lado um adversário capenga, desfigurado, sem padrão tático nenhum e tendo assim
sua vida facilitada na criação de jogadas de perigo.
Na parte defensiva, em ambas as partidas, ficaram evidentes os
problemas. Não acho o Dedé o melhor zagueiro do Brasil como muitos falam, mas
ele é um dos melhores e faz uma falta tremenda à equipe. A situação do Vasco lá
atrás ficou ainda pior porque do outro lado tínhamos Andrezinho, Elkeson e
Maicosuel muito bem. Destaque para o terceiro nome. O Mago fez a festa no
Engenhão, jogou um futebol fino, buscando o jogo, dando belas arrancadas e bons
passes. Na conta dele, um gol e participação direta em outro. Tivemos ainda uma
grata surpresa, que foi a presença de Fellype Gabriel como volante, fazendo uma
boa partida, tão à vontade que nem parecia um atacante improvisado naquela
posição. Na frente, o Botafogo tinha um de seus grandes trunfos: Loco Abreu,
atacante muito oportunista, que fez cinco gols em dois jogos decisivos: três
contra o Bangu e dois contra o Vasco.
E para completar a situação adversa do Vasco, Cristóvão Borges
novamente fez substituições péssimas, que sinceramente, para mim, são sem pé
nem cabeça. Perdendo de 2 a 0, ou seja, precisando de dois gols para empatar o
duelo, o comandante cruzmaltino tirou o centroavante Alecsandro e o armador
Felipe, que vinha sendo o melhor jogador da equipe, para colocar Juninho e
Allan. Mesmo assim, o Vasco ainda conseguiu exercer alguma pressão sobre o
Botafogo, que parecia cansado, na segunda metade da etapa final. Porém, o
melhor que a equipe acabou conseguindo foi um bonito gol de Carlos Alberto,,
que novamente entrou bem no jogo, assim como no confronto contra o Flamengo. O
que mudou de fato com esse gol, foi a elasticidade do placar: em vez de 3 a 0,
3 a 1. O que não muda é o finalista, que será o Botafogo, com todos os méritos
pelo futebol apresentado neste jogo.
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