terça-feira, abril 17, 2012

BAYERN VENCE REAL E VÊ MAIS PERTO O SONHO DE JOGAR A FINAL EM CASA


Por Danilo Silveira


De um lado, um qualificado e valente Bayern de Munique, do outro, um omisso Real Madrid, com um Cristiano Ronaldo muito mais firuleiro que produtivo. É por aí que podemos definir o duelo de ida da semifinal da UEFA Europa League entre Bayern de Munique x Real Madrid. Em campo, tínhamos dois times de muita qualidade e com jogadores decisivos. Nas arquibancadas, tínhamos mais de 65 mil pessoas, em sua maioria torcedores do Bayern, alimentando o sonho de ver o time jogar a final da competição em seu estádio (independente do jogo que for, a final será realizada de 19 de maio na Allianz Arena).

O jogo

A bola rolou e vimos um jogo equilibrado nos minutos iniciais, com o Real Madrid levemente melhor. A grande chance da equipe de Madrid veio aos 6 minutos, quando o atacante Benzema recebeu na frente e chutou para boa defesa do goleiro alemão Neuer. Porém, aos 16, as redes foram balançadas do lado oposto. Ribery pegou a sobra de um escanteio e emendou, superando Iker Cassillas e abrindo o marcador para explosão da Allianz Arena. Com o gol, o Bayern ganhou moral, passou a jogar melhor e teve ainda duas boas chances para ampliar na primeira etapa. Primeiro, Schweinsteiger recebeu na direita, e de fora da área, chutou rasteiro cruzado, para fora. Depois, Kross fez boa tabela com Ribery e achou Mario Gómez na ponta esquerda; o atacante alemão chutou para boa defesa de Cassillas.

Cristiano Ronaldo, durante 90 minutos, mais atrapalhou do que ajudou seu time. Um jogador com muita velocidade, muita habilidade, mas que nem sempre é útil ao seu time e me arrisco a dizer que pelo potencial que tem, poderia ser bem melhor. Aos 7 minutos da segunda etapa, ele recebeu ótimo passe de Benzema, e de frente para Neuer, acabou chutando mal, em cima do goleiro, mas Ozil pegou o rebote, entregou para Benzema que chutou cruzado e a bola chegou até Cristiano novamente; meio sem ângulo, o português centrou para Ozil, que com o goleiro caído, chutou para as redes. Era o empate do Real! E foi basicamente essa assistência o que Cristiano Ronaldo fez de bom no jogo. Apesar de ter conseguido a igualdade no marcador, nem de longe o time de José Mourinho fazia uma boa atuação. Talvez fosse a hora do técnico português colocar Kaká em campo, mas ele permaneceu com o mesmo time que havia entrado na partida 52 minutos antes. Já J. Heynckes, resolveu tirar Schweinsteiger para colocar Muller, tornando o time, no papel, mais ofensivo.  Não que Muller tenha entrado tão bem assim, mais o fato é que mais ou menos naquele momento, o jogo mudou drasticamente de figura. O Real Madrid, que outrora tentava sair para o jogo e atacar, passou a se encolher e não conseguir encaixar um contra golpe. O Bayern, por sua vez, tomava conta do campo de ataque, e contando com boas participações de Robben, Ribery e Luiz Gustavo, buscava o gol da vitória. Aos 16, Pepe cometeu pênalti ao empurrar Mario Gómez na área, mas o árbitro Howard Webb, nada assinalou, prejudicando assim a equipe alemã. No time de Madrid, Mourinho lançou, em momentos distintos, Marcelo, Granero e Higuaín, tirando Ozil, Di Maria e Benzema e nada de Kaká vir para o jogo. Aos 25, Mario Gómez teve ótima chance de desempatar a partida, quando Sérgio Ramos cortou mal dentro da área, mas o atacante alemão acabou arrematando por cima do gol. Chegava a ser irritante ver um time com tanta qualidade como o Real Madrid, jogar retrancado e acomodado com o empate. Os deuses do futebol trataram de ir lá e punir a postura do time espanhol. Mario Gómez, o mesmo que perdeu o gol aos 25 minutos, aproveitou o cruzamento após bela jogada de Lahm, e empurrou para as redes, quando o relógio marcava 44 minutos. Como parece regra termos algum problema com algum jogador do Real Madrid em jogo decisivo, antes do apito final, Marcelo deu uma forte entrada em um adversário, recebendo somente o amarelo do árbitro.

Se o Real vai passar ou não, é difícil dizer, mas nesta terça-feira, a equipe de Madrid recebeu uma boa lição. Um gol aos 44 minutos do segundo tempo, que deu a vitória ao time que mais a procurou, que teve mais coragem e mais vontade.

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