Vasco e Corinthians, campeões da Copa do Brasil e do Campeonato
Brasileiro do ano passado, respectivamente, começaram nesta quarta-feira o
duelo que vai colocar um dos dois na semifinal da Libertadores e o outro fora
da competição Sul-Amnericana.
Castigado pelas fortes e constantes chuvas na cidade do Rio
de Janeiro nos últimos dias, o gramado do estádio de São Januário apresentava
grande quantidade de lama, porém, poucas, ou nenhuma, poça.
A bola rolou e tivemos um primeiro tempo fraco tecnicamente,
com poucas chances de gol. Porém, a vontade apresentada pelos jogadores em
campo era muito grande. Aliás, esse quesito permaneceu estável durante todo o
jogo. Emerson Sheik corria muito, se apresentando pelo campo todo, mas com a
bola nos pés, se enrolava bastante. Pelo lado do Vasco, destaque para Éder
Luís, que aparecia como boa alternativa de ataque pela ponta direita. No
meio-campo do duelo, a figura de destaque foi Danilo, que, se não participou
diretamente de nenhuma chance de gol, protegeu bem a bola e limpou bem o jogo.
Falando em chances de gol, foram pouquíssimas durante o jogo todo. Na primeira
etapa, a mais aguda delas foi em uma cobrança de falta de Alex, no centro do
gol, mas que Prass rebateu com dificuldade.
Veio a segunda etapa, as equipes voltaram com a mesma
formação, mas o duelo melhorou em qualidade, passando a ser melhor disputado. O
Corinthians por pouco não abriu o marcador, quando Alex cruzou da esquerda e
Jorge Henrique finalizou para bela defesa de Fernando Prass. Já o Vasco, teve
ótima oportunidade, com Éder Luís, que recebeu linda enfiada de Diego Souza,
mas acabou batendo mal. Se em outras oportunidades Cristóvão mexeu mal na
equipe, dessa vez fez tudo direitinho, lançando Carlos Alberto e Felipe, nas
vagas de Diego Souza e Juninho. Esse último, ao ser sacado, apresentou um
semblante fechado, nitidamente contrariado com a substituição, mas de fato,
Juninho não fez uma grande partida. Pelo lado corintiano, Tite lançou Douglas, Willian
e Élton, sacando Alex, Emerson e Danilo, mas as mexidas não surtiram muito
efeito. O Vasco ainda chegou a abrir balançar as redes, com Diego Souza, de
cabeça, mas foi assinalado impedimento e o gol foi anulado. Mesmo vendo o
replay mais de uma vez, não consegui ter certeza se o meia vascaíno estava
adiantado ou na mesma linha.
Apito final em São Januário e pela primeira vez no ano, o
Vasco terminou um jogo sem fazer gols. Se conseguir balançar as redes semana
que vem, em São Paulo, jogará pelo empate, caso contrário, precisará segurar o
0 a 0 e levar para pênaltis. A verdade é que, em confrontos de mata-mata, com
peso do gol fora de casa, o 0 a 0 é o placar que deixa o confronto mais aberto
e um dos motivos é que ninguém entra em campo com o resultado favorável, isto
é, ninguém se classifica caso a partida termine 0 a 0. Aposto em classificação
corintiana, mas longe de ser uma zebra uma classificação vascaína na semana que
vem, fora de casa. Não arrisco palpitar sobre a qualidade técnica do jogo da
semana que vem, mas prevejo um duelo de muita emoção, do início ao fim.
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