quinta-feira, maio 10, 2012

QUATRO DIAS, DUAS DERROTAS E UM SEMESTRE COMPROMETIDO

Por Danilo Silveira



Mais uma vez, de novo, novamente, o Botafogo teve um dia daqueles que todos os torcedores do Glorioso provavelmente querem esquecer. Depois do acachapante 4 a 1 para o Fluminense no domingo, a equipe voltava as atenções para a Copa do Brasil, onde precisava de uma vitória simples, ou de um empate em 0 a 0 para avançar às quartas-de-final. O empate em 1 a 1 levava para os pênaltis e qualquer resultado diferente dos citados acima eliminava o Botafogo da competição e classificava o Vitória.

O jogo

Elkeson abre o placar para o Glorioso

O Botafogo começou o jogo com uma postura interessante, partindo para cima do Vitória. Maicosuel pela esquerda e Elkeson pela direita ditavam o ritmo do meio-campo. Felipe Menezes pelo meio não apareceu tanto e Loco Abreu ficava na frente, esperando uma oportunidade de gol. E ela apareceu após belo passe de Maicosuel e o uruguaio pegou de primeira, acertando as redes baianas, só que pelo lado externo do gol. E aos 21 minutos, veio o gol alvinegro. Após a bola viajar pelo alto e acertar a cabeça de um jogador do Vitória, Elkeson ganhou na corrida de Wellington Saci e, desequilibrado, tocou na saída do goleiro Douglas para abrir o marcador no Engenhão.

O Vitória pouco conseguiu produzir na primeira meia hora de jogo e o Botafogo ganhava consistência defensiva na boa atuação do zagueiro Brinner. Só que quando o intervalo se aproximava, os baianos começaram a criar oportunidades de gol. Após escanteio cobrado, Jefferson saiu mal e Lucas, em cima da linha, salvou de cabeça o que seria o empate do Vitória. E o goleiro alvinegro se redimiu da falha, minutos depois, quando salvou uma cabeçada de Geovanni, no canto direito. Só que aos 47, o goleiro alvinegro voltou a sair mal e Lucas voltou a cortar a bola em cima da linha, só que dessa vez utilizando as mãos. Pênalti assinalado, cartão vermelho para o lateral-direito alvinegro, que já tinha sido expulso domingo, no duelo com Fluminense. Só que Jefferson tratou de se redimir novamente, dessa vez defendendo a penalidade cobrada por Neto Baiano, no canto esquerdo. Está certo que o goleiro alvinegro estava à frente da linha do gol quando o atacante do Vitória bateu na bola, mas nada foi assinalado e o Botafogo foi em vantagem para o intervalo.

Botafogo se encolhe, Vitória aperta e vira o jogo

Para a segunda etapa, o treinador do Vitória, Ricardo Silva (o mesmo que dirigia o Vitória no vice-campeonato da Copa do Brasil em 2010), sacou Geovanni e lançou o atacante Dinei. Era sua segunda mexida, pois aos 32 da primeira etapa, o lateral direito Romário entrou na vaga de Leo, contundido. Oswaldo também voltou com o time diferente para a segunda etapa, lançando Gabriel na vaga de Felipe Menezes, provavelmente pensando em recompor a defesa por conta da expulsão de Lucas. E o Vitória voltou melhor para a segunda etapa. Logo aos 3, Pedro Ken bateu falta com perigo, obrigando Jefferson a defender no canto direito. E aos 11, na área alvinegra, Renato evitou a saída de bola pela linha final e a redonda sobrou para Marcelo Mattos, que bobeou, e Dinei rolou para trás, onde Pedro Ken apareceu para emendar e empatar o duelo. Nesse momento, o cenário ficou catastrófico para o Botafogo. O atual placar levava o confronto para os pênaltis, mas um gol do Vitória obrigaria o Alvinegro a fazer dois, e era o time baiano que estava melhor no jogo. Aos 16, Jefferson salvou o Botafogo, defendendo uma cabeçada a queima roupa de Dinei. Aos 20, Oswaldo resolveu mexer novamente, lançando Herrera na vaga do contestado Elkeson. Dois minutos mais tarde, pela ponta direita, Romário cruzou na cabeça de Tartá, que cabeceou e dessa vez Jefferson nada pôde fazer para evitar o segundo gol e a virada baiana em pleno Engenhão.

Pedro Ken é expulso, Bota pressiona, mas é eliminado da Copa do Brasil

Quase que instantaneamente, o Botafogo, precisando de dois gols, passou a sair para o ataque. Aos 31, Pedro Ken fez falta dura em Renato e foi expulso diretamente pelo árbitro Paulo César de Oliveira. Agora, as duas equipes estavam iguais numericamente no quesito jogadores em campo. E logo, Oswaldo tratou de lançar Vitor Júnior na vaga de Marcelo Mattos, deixando o time mais ofensivo. O Botafogo precisava de dois gols em cerca de quinze minutos para avançar às quartas-de-final da Copa do Brasil. Loco Abreu quase empatou a partida, mas um adversário tirou a bola em cima da linha. Nos minutos finais, o Botafogo tentou, lutou, correu, pressionou, mas não foi o suficiente para conseguir a classificação. Provavelmente, o torcedor do Botafogo deixou o Engenhão muito frustrado na noite de quarta-feira.

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