Mais uma vez, de novo, novamente, o Botafogo teve um dia
daqueles que todos os torcedores do Glorioso provavelmente querem esquecer.
Depois do acachapante 4 a 1 para o Fluminense no domingo, a equipe voltava as
atenções para a Copa do Brasil, onde precisava de uma vitória simples, ou de um
empate em 0 a 0 para avançar às quartas-de-final. O empate em 1 a 1 levava para
os pênaltis e qualquer resultado diferente dos citados acima eliminava o
Botafogo da competição e classificava o Vitória.
O jogo
Elkeson abre o placar para o Glorioso
O Botafogo começou o jogo com uma postura interessante,
partindo para cima do Vitória. Maicosuel pela esquerda e Elkeson pela direita
ditavam o ritmo do meio-campo. Felipe Menezes pelo meio não apareceu tanto e
Loco Abreu ficava na frente, esperando uma oportunidade de gol. E ela apareceu
após belo passe de Maicosuel e o uruguaio pegou de primeira, acertando as redes
baianas, só que pelo lado externo do gol. E aos 21 minutos, veio o gol
alvinegro. Após a bola viajar pelo alto e acertar a cabeça de um jogador do Vitória,
Elkeson ganhou na corrida de Wellington Saci e, desequilibrado, tocou na saída
do goleiro Douglas para abrir o marcador no Engenhão.
O Vitória pouco conseguiu produzir na primeira meia hora de
jogo e o Botafogo ganhava consistência defensiva na boa atuação do zagueiro
Brinner. Só que quando o intervalo se aproximava, os baianos começaram a criar
oportunidades de gol. Após escanteio cobrado, Jefferson saiu mal e Lucas, em
cima da linha, salvou de cabeça o que seria o empate do Vitória. E o goleiro
alvinegro se redimiu da falha, minutos depois, quando salvou uma cabeçada de
Geovanni, no canto direito. Só que aos 47, o goleiro alvinegro voltou a sair
mal e Lucas voltou a cortar a bola em cima da linha, só que dessa vez
utilizando as mãos. Pênalti assinalado, cartão vermelho para o lateral-direito
alvinegro, que já tinha sido expulso domingo, no duelo com Fluminense. Só que
Jefferson tratou de se redimir novamente, dessa vez defendendo a penalidade
cobrada por Neto Baiano, no canto esquerdo. Está certo que o goleiro alvinegro
estava à frente da linha do gol quando o atacante do Vitória bateu na bola, mas
nada foi assinalado e o Botafogo foi em vantagem para o intervalo.
Botafogo se encolhe, Vitória aperta e vira o jogo
Para a segunda etapa, o treinador do Vitória, Ricardo Silva
(o mesmo que dirigia o Vitória no vice-campeonato da Copa do Brasil em 2010),
sacou Geovanni e lançou o atacante Dinei. Era sua segunda mexida, pois aos 32
da primeira etapa, o lateral direito Romário entrou na vaga de Leo, contundido.
Oswaldo também voltou com o time diferente para a segunda etapa, lançando
Gabriel na vaga de Felipe Menezes, provavelmente pensando em recompor a defesa
por conta da expulsão de Lucas. E o Vitória voltou melhor para a segunda etapa.
Logo aos 3, Pedro Ken bateu falta com perigo, obrigando Jefferson a defender no
canto direito. E aos 11, na área alvinegra, Renato evitou a saída de bola pela
linha final e a redonda sobrou para Marcelo Mattos, que bobeou, e Dinei rolou
para trás, onde Pedro Ken apareceu para emendar e empatar o duelo. Nesse
momento, o cenário ficou catastrófico para o Botafogo. O atual placar levava o
confronto para os pênaltis, mas um gol do Vitória obrigaria o Alvinegro a fazer
dois, e era o time baiano que estava melhor no jogo. Aos 16, Jefferson salvou o
Botafogo, defendendo uma cabeçada a queima roupa de Dinei. Aos 20, Oswaldo
resolveu mexer novamente, lançando Herrera na vaga do contestado Elkeson. Dois
minutos mais tarde, pela ponta direita, Romário cruzou na cabeça de Tartá, que
cabeceou e dessa vez Jefferson nada pôde fazer para evitar o segundo gol e a
virada baiana em pleno Engenhão.
Pedro Ken é expulso, Bota pressiona, mas é eliminado da Copa
do Brasil
Quase que instantaneamente, o Botafogo, precisando de dois
gols, passou a sair para o ataque. Aos 31, Pedro Ken fez falta dura em Renato e
foi expulso diretamente pelo árbitro Paulo César de Oliveira. Agora, as duas
equipes estavam iguais numericamente no quesito jogadores em campo. E logo,
Oswaldo tratou de lançar Vitor Júnior na vaga de Marcelo Mattos, deixando o
time mais ofensivo. O Botafogo precisava de dois gols em cerca de quinze
minutos para avançar às quartas-de-final da Copa do Brasil. Loco Abreu quase
empatou a partida, mas um adversário tirou a bola em cima da linha. Nos minutos
finais, o Botafogo tentou, lutou, correu, pressionou, mas não foi o suficiente
para conseguir a classificação. Provavelmente, o torcedor do Botafogo deixou o
Engenhão muito frustrado na noite de quarta-feira.
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