A vitória do Vasco diante do Lanús, nesta quarta-feira, em
São Januário, pode nos levar a diversas reflexões. O fato é que o Vasco, se não
foi brilhante na primeira etapa, foi um time arrumado e inteligente dentro de
campo. Um time que soube explorar bem os seus valores individuais, desde a bela
defesa de Fernando Prass, evitando o primeiro gol do Lanús, até a pintura que
foi o gol do Diego Souza, passando pela boa atuação da dupla Felipe-Juninho.
Tratou-se de um dos melhores tempos que eu assisti do Vasco em 2012, que
terminou com o excelente placar de 2 a 0 para a equipe brasileira.
Veio a segunda etapa e o Vasco tinha plenas condições de
continuar com o mesmo ritmo, a mesma pegada, a mesma organização. O desenho do
jogo levava até a crer que o time brasileiro aumentaria o marcador e sairia
virtualmente classificado de São Januário. A ducha de água fria para a equipe
poderia ter sido uma penalidade assinalada a favor do Lanús, mas o impedimento
foi assinalado e a infração foi cancelada pelo árbitro. Porém, a ducha de água
fria acabou vindo em dose dupla. Primeiro, Reguero recebeu lançamento nas
costas de Fagner, dominou e chutou para diminuir o marcador. Logo em seguida,
foi a vez de Cristóvão Borges mexer na equipe. O comandante vascaíno tirou Felipe,
o melhor em campo da equipe até então, para a entrada de Felipe Bastos. Sou
contra os xingamentos a técnicos e jogadores, mas os gritos de “burro” para
Cristóvão mostram que nem sempre o “futebol é resultado”. Vale destacar que
Felipe mostrou-se altamente irritado com a sua saída do jogo. Com a mexida, o
treinador vascaíno deu uma verdadeira aula de como bagunçar o meio-campo de uma
equipe. O Vasco até continuou atacando, mas a organização tática apresentada na
primeira etapa foi para o espaço. Carlos Alberto ainda entrou na vaga de Diego
Souza e foi bem, mostrou-se bem mais participativo. Aliás, pode-se dizer que
Diego Souza jogou mal, porém, foi protagonista do lance mais bonito da partida,
um chapéu do adversário, conjugado com um belo chute de primeira para marcar o
segundo gol vascaíno. Nos minutos finais, o Vasco teve muito perto de tomar o
segundo gol e mesmo não tomando, o time foi vaiado ao fim do jogo, e Cristóvão
Borges altamente xingado.
O Vasco leva para Argentina uma pequena, mas importante
vantagem. Se a equipe tivesse jogado na segunda etapa aquilo que jogou na primeira,
provavelmente essa vantagem seria mais elástica.
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