sábado, junho 23, 2012

JOGO 26: IMPONENTE, ALEMANHA MOSTRA SUAS VIRTUDES E APLICA 4 A 2 NA GRÉCIA

Por Danilo Silveira


A Alemanha fez nesta sexta-feira, na cidade de Gdansk, na Polôlnia sua melhor apresentação até aqui na Eurocopa 2012. Um time leve, qualificado, que dominou a Grécia do início ao fim, venceu por 4 a 2 e está na semifinal da competição européia.

Alemanha entra com ataque modificado e joga bem

Para a surpresa, o técnico Joachim Low mexeu em todo o ataque alemão para o duelo contra a Grécia. Reus, Schurrle e Klose entraram nas vagas de Muller, Podolski e Mario Gómes. E logo que a bola rolou a Alemanha partiu para cima da Grécia, se impondo dentro das quatro linhas. Aos 3 minutos, Khedira bateu de fora e no rebote do goleiro Sifakis, Klose empurrou para as redes, mas o impedimento foi corretamente assinalado. Não demorou para se perceber que a Grécia jogava de maneira retrancada. E a Alemanha mostrou ser dotada de uma das melhores virtudes para um duelo contra uma equipes nesses moldes: paciência. A equipe de Joachim explorava o campo ofensivo, rodava a bola, procurava espaços com alta tranquilidade. Reus fazia boa partida pela ponta direita, e por ali também aparecia Ozil. Aos 23, o jogador de Real Madrid ficou na cara do gol, mas acabou não batendo bem, para defesa de Sifakis. Pouco depois, pelo mesmo lado, Reus apareceu, bateu cruzado e Klose por pouco não desviou para as redes. A Grécia chegava ao ataque esporadicamente e Neuer mais parecia um espectador. O ponta esquerda Samaras até tentava ir para o campo ofensivo, mas sua principal função acabava mesmo sendo ajudar na marcação. E a Grécia ainda contava com o desfalque do experiente Karagounis no meio-campo. O tempo foi se passando e o ímpeto ofensivo e a paciência alemã foram premiados aos 38, quando Lahm bateu com curva, um chute até defensável, mas Sifakis não conseguiu evitar que a bola entrasse: 1 a 0 para os alemães. Ainda na primeira etapa, aos 46, Schurrle bateu de fora e a bola acertou a rede de Sifakis, mas pelo lado externo.



Grécia até empata, mas vê Alemanha arrasadora chegar à semifinal


O técnico Fernando Santos voltou com duas mexidas para a segunda etapa: Fotakis e Gekas nas vaga de Tzavelas e Ninis. E a Grécia voltou tentando se aventurar mais no campo ofensivo. E em uma das investidas, veio o empate. Aos 10, Salpingidis desceu pela direita, cruzou e Samaras apareceu para empurrar para as redes alemães. Nesse momento, o placar não refletia o que estava acontecendo dentro das 4 linhas. Muito melhor no jogo, a Alemanha via do outro lado uma Grécia aplicada e oportunista. Mas, nesse momento a Alemanha mostrou as suas virtudes para colocar uma boa vantagem no marcador. Primeiramente, a chegada dos volantes à frente com qualidade. Khedira aproveitou cruzamento da direita, deu um belíssimo chute de primeira, estufando as redes gregas e desempatando o jogo aos 16.

Logo após o gol, Joachim Low lançou Muller na vaga de Schurrle. E logo em seguida, a Alemanha mostrou mais uma virtude: a experiência e oportunismo de Klose. Aos 23, após cruzamento da ponta direita, o camisa 11 antecipou-se ao goleiro Sifakis e cabeceou para fazer o 3 a 1. Fernando Santos mexeu novamente aos 27, lançando Liberopoulos na vaga de Makos. Mas o dia era mesmo alemão. Aos 28, Klose recebeu pela esquerda, chutou, Sifakis defendeu, mas deu rebote, que Reus aproveitou bem, chutando forte para fazer o quarto gol alemão. Com três gols de desvantagem, a Grécia até tentava sair, mas a Alemanha continuava mostrando suas virtudes, continuava pacientemente trocando passes, vendo o tempo passar e a vaga na semifinal se aproximar. Joachim Low continuou fazendo substituições, lançando Gotze e Mario Gómes, sacando Reus e Klose. A Grécia ainda conseguiu diminuir aos 42, em um lance polêmico. Um cruzamento da esquerda acabou tocando na mão de Boateng e o árbitro assinalou pênalti. Para mim, não houve intenção, não houve a infração. Sapingidis bateu no canto esquerdo de Neuer, marcando o segundo gol grego no jogo.

Muitos dizem que a Grécia é um time retrancado. Em alguns momentos sim, mas acredito que muito mais por imposição dos adversários e limitação, do que por vontade própria. Trata-se de um time com forte esquema defensivo e bastante oportunista na parte ofensiva. Foi dessa forma que a equipe de Fernando Santos tirou a Rússia da competição e conseguiu ver o placar empatado por cerca de 45 minutos diante da Alemanha. Alemanha acha que cresceu dentro da competição, que se impôs no primeiro jogo do mata-mata e que se chega à semifinal como favorita, seja contra a Itália, seja contra a Inglaterra

Nenhum comentário:

Postar um comentário