quinta-feira, agosto 30, 2012

AOS TRANCOS E BARRANCOS E NA RETRANCA, SPARTAK GARANTE VAGA NA FASE DE GRUPOS DA CHAMPIONS

Por Danilo Silveira


Quando sento para assistir a um jogo de um time que não conheço muito e também não conheço a treinador que o dirige, procuro sempre analisar a forma que o time atua e a filosofia implantada pelo treinador. Assim foi na última quarta-feira, quando me deparei com o jogo de volta de Fenerbahce e Spartak Moscou, realizado em Istambul, na Turquia, valendo vaga na fase de grupos da Champions League. Na partida de ida, em Moscou, 2 a 1 para o Spartak.

Jogando melhor, Spartak sai em vantagem

De cara, achei o time turco com bons valores individuais na parte ofensiva, isso porque o jogador da Sérvia Krasic e o holandês Kuyt integravam a equipe titular. A bola rolou e o Fenerbahce tomou dois duros golpes em menos de 15 minutos. Aos 5, Mc Geady cruzou rasteiro da direita, o brasileiro Ari se antecipou ao goleiro Gunok e chutou para as redes, abrindo o placar para o time visitante. Aos 13, Krasic caiu no campo sentindo dores e pedindo substituição. Ali, o Fenerbahce estava perdendo o seu ponta esquerda para o restante do jogo decisivo. Em seu lugar, entrou Stoch, que deu muito trabalho à defesa adversária, mas se mostrou afobado em alguns momentos. O fato é que o Spartak fazia uma partida melhor que o time turco. E assim foi durante o primeiro tempo todo. A equipe da casa não conseguia construir jogadas ofensivas mais bem elaboradas e o goleiro Dikan tomou pouquíssimos sustos. Mas, o segundo tempo seria totalmente diferente.

Fenerbahce até empata, mas esbarra na retranca russa

Veio a segunda etapa e foi nela que ficou nítido que o técnico da equipe russa, Unai Emery, não usou a filosofia de jogo que eu acredito mais apropriada. Logo aos 5 minutos, ele abriu mão do meia Ari, autor do gol e que foi uma boa opção ofensiva na primeira etapa, para colocar o volante brasileiro Rafael Carioca, ex-Vasco. Não que o time não possa jogar bem e de maneira ofensiva com mais um volante e menos um homem mais de criação, mas a saída de Ari coincidiu com a queda de produção do Spartak na parte ofensiva e crescimento do Fenerbahce no jogo. Como o jogo de ida tinha sido 2 a 1 para o Spartak, o time turco precisava de dois gols para levar o duelo para a prorrogação. Assim, a equipe foi para cima da retranca do time russo, em busca do primeiro, mas esbarrou mais de uma vez no goleiro Dikan. Aos 6 minutos, Topal arriscou de fora e ele deu um leve toque na bola, que ainda explodiu no travessão antes de  sair. Cinco minutos mais tarde, o Spartak teve uma das raras chances na segunda etapa. Suchy pegou sobra de bola aérea na área adversária, dominou no peito, limpou um marcador e carimbou a trave esquerda. Aos 12, entrou em cena o meia Alex, na equipe do Fenebace. O veterano brasileiro, que já atuou no Cruzeiro e no Palmeiras, entrou na vaga de Sahin, e por sinal, jogou bem o período em que esteve em campo. Aos 17, Dikan voltou a trabalhar, fazendo duas defesas seguidas.Aos 20, nova mexida no Spartak: saiu K. Kombarov, entrou Bilyaletdinov. E o gol que colocou fogo no jogo saiu aos 23; Alex cobrou escanteio da esquerda, Topuz cabeceou e o atacante Sow, também de cabeça, já dentro da pequena área, colocou para as redes. Se a proposta de jogo do Spartak já estava sendo mais se defender que atacar antes de tomar o gol, imaginem daqui em diante. A troca de atacantes feita pelo técnico (Emenike por Dzyuba) pouco mudou o panorama do jogo e o Fenerbahce continuou em cima. Aos 33, o brasileiro Cristian entrou na equipe turca, na vaga de Topuz. No minuto seguinte, o meio-campista De Zeeuw levou o segundo amarelo, sendo expulso e deixando o Spartak com um a menos. Para piorar a situação, a equipe russa já tinha feito as três alterações e Makeev sentia cãimbras constantes, caindo no campo de jogo por mais de uma vez pedindo atendimento médico.  Dikan apareceu mais duas vezes para defender, primeiramente um chute de Sow e depois uma finalização de Stoch. O árbitro deu 6 minutos de acréscimos e o Fenerbahce foi praticamente todo para o campo ofensivo. Aos 49, poderia ter saído o gol que levaria o jogo à prorrogação, mas Sow acabou se desequilibrando na hora de finalizar, já dentro da área adversária, e batendo mal. Assim, o jogo terminou com a classificação russa, mas fica a pergunta ao treinador da equipe: precisava de tanto sufoco, Unai Emery? 

Um comentário:

  1. Danilo,


    só estou passando para lhe propor uma nova parceria com um blog novo que criei, desta vez só falando do time do coração, Flamengo. Cansei de ser colunista dos blogs alheios, rsrsrs.

    Se puder dar essa força agradeço desde já. Seu link já esta em minha lista de parceiros.

    SOMOS FLAMENGO
    www.somosflamengo33.blogspot.com

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