quinta-feira, novembro 29, 2012

FIEL A UM ESTILO DE JOGO, SÃO PAULO AVANÇA À FINAL DA SUL-AMERICANA

Por Danilo Silveira


Jogando um futebol fino, com toque de bola refinado e muita movimentação, o São Paulo  conseguiu nesta quarta-feira a vaga para a final da Copa Sul-Americana. A equipe do técnico Ney Franco fez uma partida muito boa, dominou do início ao fim a faltosa equipe da Universidade Católica, do Chile, o que não significa que a classificação veio fácil e sem doses de emoção. O gol cismou em não sair, o goleiro Toselli agarrou muito, a equipe paulista pecou em algumas finalizações e o 0 x 0 persistiu até o apito final. Mas, com o empate em 1 x 1 no Chile, ele era suficiente para fazer a festa dos são paulinos no Morumbi. Por sinal, foi dia de casa cheia: mais de 50 mil presentes! O fato é que o São paulo representou bem o futebol brasileiro dentro de campo, jogou como deve-se jogar. Deve vir forte o São Paulo do Ney Franco para a final da competição e para o ano de 2013.

São Paulo cria bastante, mas não faz o gol.

A bola rolou e antes mesmo do primeiro minuto ser completado, Lucas apareceu pela direita e cruzou para Luís Fabiano, que finalizou para defesa do goleiro Toselli. Aos 2 minutos, o primeiro indício que o jogo seria tenso. Entrada forte de Peralta em Wellington, o que gerou a revolta do volante Denílson e um princípio de confusão. O resultado foi o cartão amarelo tanto para Denílson, quanto para Peralta. O São Paulo era muito melhor no jogo, buscava sempre atuar com a bola rasteira, com passes rápidos e muita movimentação. Lucas era o melhor em campo, com jogadas agudas, arrancadas para cima dos adversários. E ele sofreu com a marcação faltosa do adversário. Aliás, por grande parte do jogo o time chileno mostrou ter como virtude o jogo feio, faltoso, violento. O gol do São Paulo parecia maduro. Poderia ter saído quando Lucas serviu Jádson, que pela direita da área finalizou cruzado para fora, perdendo grande chance. Aos 28, Rogério Ceni cobrou uma das muitas faltas cometidas pela Católica e o goleiro Toselli foi obrigado a defender no canto esquerdo. Aos 41, mais uma chance perdida. Dessa vez Osvaldo recebeu pela esquerda, chutou, Toselli defendeu, o Fabuloso pegou o rebote e novamente o goleiro evitou o gol. O São Paulo criou mais que o suficiente para ir para o intervalo vencendo, mas esbarrou nas defesas de Toselli e até mesmo em algumas finalizações, que se não foram ruins, poderiam ter sido melhores.

Fiel ao estilo de jogo, São Paulo avança.

Veio a segunda etapa e o panorama do jogo continuou o mesmo. Chamava a atenção a qualidade com que Osvaldo aparecia para jogar pela ponta esquerda. Ele também foi vítima do time chileno, que não parava de fazer faltas. Aos 11 minutos da segunda etapa, a Católica já havia cometido 17 faltas. Aos 13, Osvaldo fez boa jogada pela esquerda, serviu Jádson na outra ponta, mas o camisa 10 errou na hora de finalizar. O técnico Martin Lasarte mexeu duas vezes em curto espaço de tempo, tirando dois
jogadores já com cartão amarelo. Aos 13, Meneses entrou na vaga de Peralta e aos 21, Silva deu lugar para Ovelar.  Mesmo com a Católica quase inoperante no ataque, o jogo passou a ficar perigoso para o São Paulo. Uma bola marota, como se diz na gíria, poderia acarretar no gol do time chileno, o que traria um enorme prejuízo ao time paulista. Somente aos 33, Ney Franco resolveu mexer, levando a torcida ao delírio, ao colocar Paulo Henrique Ganso na vaga de Jádson. E aos 34, Ganso poderia ter
aberto o placar, se Luís Fabiano, ao receber passe pela direita, tivesse rolado para o meio, mas o camisa 9 bateu para o gol, parando em nova defesa de Toselli. O interessante foi que, mesmo com o placar lhe favorecendo, o São Paulo não mudou sua forma de jogar nos minutos finais, não se retrancou, Ney Franco não fez nenhuma substituição de caráter defensivo. Levo isso muito em conta na hora de analisar a personalidade de um time. E nesse quesito, o São Paulo foi muito bem.

Um comentário:

  1. Danilo,

    bom jogo do tricolor.

    mas é preciso corrigir essas falhas de finalizações. Um time que quer ser campeão não pode perder tantos gols como vem perdendo o tricolor.

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