O Uruguai entrou em campo diante do Taiti, precisando de uma vitória por 8 gols de diferença, para garantir-se na semifinal da Copa das Confederações sem precisar depender do resultado de Nigéria x Espanha. Isso porque uma vitória nigeriana sobre os espanhóis somada a uma vitória do Uruguai diante do fraco Taiti, geraria um empate triplo no grupo, com Espanha, Nigéria e Uruguai com seis pontos. Uma vitória com tal elasticidade no placar em uma competição internacional, parece algo completamente inviável, só que não dessa vez. O Uruguai tinha como oponente o simpático Taiti, um time que tem um jogador profissional apenas, sendo os outros amadores. No fim das contas, o Uruguai conseguiu vencer por 8 x 0, mas um empate e até uma derrota (dependendo do número de gols) classificaria o Uruguai, já que a Nigéria perdeu para a Espanha.
Abel Hernández foi um dos destaques com quatros gols.
Lodeiro fez um e também participou de boas jogadas. O lateral direito
Aguirregaray e o volante Gargano foram outros dois que participaram bem da
partida. Um momento interessante da partida foi quando o zagueiro Scotti
desperdiçou uma penalidade, defendida pelo goleiro Meriel, levando o torcedor ao
delírio na Arena Pernambuco.
O destaque do Taiti na Copa das Confederações foi o camisa 3
Vahirua, o único profissional do time, que demonstrou boa técnica com a bola
nos pés. Após o término do jogo contra o Uruguai, os jogadores do Taiti
apareceram segurando bandeiras do Brasil e exibindo um cartaz dizendo “Obrigado
Brasil”, em retribuição ao carinho conquistado pela Torcida Brasileira. Após a
coletiva de imprensa, o técnico Eddy Etaeta foi até cada um dos jornalistas para
cumprimenta-los.
A passagem da Seleção do Taiti no Brasil foi totalmente
inusitada. Um time frágil, amador, que conquistou rapidamente a torcida do
público, acredito eu, que apoiado justamente na lógica de “torcer para o mais
fraco”. Fraqueza essa que parecia ser vista pelo taitianos, não como algo ruim,
mas como normal e natural.
O Uruguai, mesmo sem ter jogado bom futebol na
primeira fase, segue vivo na competição. Agora, o adversário na
semifinal é o Brasil, em partida que acontece quarta-feira, no Mineirão. Não é
em 1950, não é em uma Copa do Mundo, não é uma final, não é no Maracanã, mas
quando se fala no Brasil x Uruguai da próxima quarta é impossível não lembrar
da final da Copa do mundo de 1950, quando os uruguaios “calaram” o Maracanã.
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