segunda-feira, junho 17, 2013

JOGO 2 - SEM MUITO BRILHO E COM DIFICULDADES, ITÁLIA DERROTA MÉXICO NA ESTREIA

Por Danilo Silveira

O Novo Maracanã abriu suas portas neste domingo para Itália e México estrearem na Copa das Confederações. E as duas seleções fizeram um primeiro tempo muito bom, bastante movimentado, mas não conseguiram repetir isso na segunda etapa.

Goleiro Corona não consegue evitar o golaço de Pirlo em cobrança de falta
Ficou perceptível no início da partida que Balotelli era uma peça de muita importância na equipe italiana. Tratava-se do homem de referência, que dava muito trabalho ao sistema defensivo mexicano. Porém, suas tentativas de estufar as redes acabaram não tendo tanto sucesso: o goleiro Corona apareceu bem, garantindo a manutenção do 0 x 0 nos minutos iniciais. Já o México, adiantava seu quarteto ofensivo (Guardado, Giovani dos Santos, Chicharito e Javier Aquino), tentando impedir uma saída de bola mais qualificada dos italianos e quando detinha a posse de bola articulava boas jogadas, com trocas rápidas de passe. Apesar de presente no campo ofensivo com frequência, o México não levava perigo constantemente ao gol de Buffon. O primeiro lance mexicano de maior destaque aconteceu em boa jogada pela esquerda, que terminou com um forte chute de Guardado (que fez bom primeiro tempo), que explodiu no travessão do goleiro italiano. Se Balotelli tentou algumas vezes e não conseguiu balançar as redes, Pirlo foi lá e mostrou ao atacante como se deve finalizar uma bola: com calma e categoria. Foram essas as características que o meio-campista italiano demonstrou em cobrança magnífica de falta: 1 x 0 para a Itália. O sistema defensivo italiano se comportava bem, demonstrava segurança. Mas, aos 33 minutos, a falha foi fatal. Barzagli perdeu a bola para Giovani dos Santos e acabou cometendo pênalti no lance. Chicharito cobrou bem e empatou a partida.

Veio a segunda etapa e o agradável jogo apresentado pelas duas equipes na primeira etapa deu lugar a um jogo bem abaixo taticamente. O México já não mais conseguia tocar a bola com qualidade e já não mais marcava a Itália de maneira avançada. O time comandado por Cesare Prandelli cresceu no jogo, contando com a categoria de Pirlo, o melhor em campo, e com a luta incessante de Balotelli entre a marcação. E o treinador italiano lançou Cerci na vaga de um Marchisio pra lá de discreto na partida, enquanto o comandante mexicano, José Manuel de la Torres, lançou Mier na vaga de Javier Aquino, que não foi bem jogando aberto pela ponta direita. E aos 32 minutos, veio o gol dele: Mário Balotelli. Ele recebeu na área, ganhou a disputa de corpo com Francisco Rodrígues e chutou para estufar as redes e dar a vitória à Itália na estreia. Na comemoração, ele tirou a camisa, levando assim cartão amarelo.

Balotelli comemora seu gol, que deu a vitória à Itália
No resumo da obra, Itália e México fizeram um primeiro tempo bom e equilibrado, mas na segunda etapa o jogo caiu de produção, o México atacou menos e a Itália foi superior. O placar disse bem o que foi o jogo. Apesar de ter um jogador brilhante (Pirlo), a Seleção Itália como time passa longe de ser brilhante. Tem bons valores (Balotelli é bom, De Sciglio fez boa partida na lateral esquerda), mas não tem o material humano tão qualificado quanto a Espanha de Xavi, Iniesta, Fábregas e companhia, nem quanto o Brasil de Oscar, Neymar, Lucas, Paulinho e, claro, Ronaldinho Gaúcho (ah não! Esse o Felipão esqueceu de levar).

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