segunda-feira, junho 17, 2013

JOGO 3 - A MESMICE NEM SEMPRE É ALGO RUIM. VIDE A ESPANHA!

Por Danilo Silveira

Costumamos usar o termo “mesmice” para designar algo repetitivo, que cai na rotina. Por muitas vezes ou quase sempre, a expressão é utilizada de forma para representar algo ruim, algo chato. Mas, acredito que nem sempre é dessa forma. E a Seleção espanhola de futebol é um exemplo de uma mesmice que me agrada, e muito. Foi na Copa do Mundo de 2010, foi na Eurocopa de 2012. E agora na Copa das Confederações 2013. Quase os mesmos jogadores nesses três torneios, um estilo de jogo praticamente o mesmo estilo e a mesma forma encantadora e brilhante de se praticar futebol. Aqueles que defendem a tese de que acabou o ciclo da Seleção Espanhola, vão precisar esperar mais um pouco. Porque neste domingo, contra o Uruguai, a Fúria mostrou que o ciclo não acabou e que a magia continua viva. Ou melhor, vivíssima. Sim, uma atuação excepcional. Durante 90 minutos, a manutenção da posse de bola acima de 70%, diversas oportunidades criadas e um domínio avassalador diante dos uruguaios.

Nos 45 minutos inicias, a Celeste, comandada por Óscar Tabárez finalizou uma única vez ao gol de Cassillas. Uma falta cobrada na área que Cavani cabeceou para tranquila defesa do arqueiro espanhol. Já os europeus, carimbaram a trave com Fábregas, balançaram as redes com Pedro e Soldado e por pouco não marcaram o terceiro com Piqué, em lance de boa intervenção de Muslera. Esse foi basicamente o cartão de visitas da Espanha na Copa das Confederações.

Para a segunda etapa, Óscar Tabárez lançou Álvaro González na vaga de Gastón Ramírez. O Uruguai passou a sair mais para o jogo, mas o domínio espanhol continuou visível. O tempo foi passando e o técnico uruguaio cada vez mais colocando o time para frente. Primeiro, Lodeiro na vaga de Gargano, depois Forlán na vaga de Perez. Vicente Del Bosque também fez suas alterações ao longo da segunda etapa: Cazorla, Javi Martínez e Mata entraram nas vagas de Fábregas (que fez bom primeiro tempo), Xavi e Pedro. Nos minutos finais, a ousadia do técnico uruguaio foi premiada em linda cobrança de falta de Luis Suárez, no canto direito de Cassillas: 2 x 1.

Se quiserem evitar mais um título da Seleção Espanhola, sugiro aos adversários que treinem bastante e estudem uma forma de jogar de igual para igual com a Seleção Espanhola, porque ela vem forte, muito forte. Ver a manutenção do futebol da Seleção Espanhola ano após ano é algo que considero muito benéfico para o futebol mundial. Serve de exemplo! E que sirva de inspiração.

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