Na coletiva de imprensa após o empate em 1 x 1 entre Vasco e
Ponte Preta, Dorival Júnior foi questionado se a sua equipe não teria tentado “administrar”
(leia ter recuado e abdicado quase integralmente do ataque) o jogo muito cedo.
Prontamente, ele disse que não, defendendo a tese de que o Vasco teria
continuado a atacar a Ponte Preta. Porém, acredito que ficou visível que a
postura do time vascaíno mudou após André, de cabeça, abrir o marcador, nos
minutos iniciais da segunda etapa. Quanto mais o relógio andava, mais parecia
crescer a vontade do Vasco de se defender mais do que atacar. O gol de empate
do time de Campinas parecia questão de tempo. E foi! Saiu em jogada de bola
parada, quando o perigoso William, que já tinha acertado a trave no primeiro
tempo, apareceu na área para estufar as redes de Diogo Silva. Castigo merecido
para um Vasco que parece mais confiável hoje em relação à dois, três meses
atrás.
Pedro Ken fez um bom primeiro tempo, Yotún, se não foi
brilhante, foi pelo menos bem na lateral-esquerda. Juninho Pernambucano não teve
uma atuação genial nem decisiva (vale lembrar que perdeu um pênalti na primeira
etapa), mas sua estadia em campo é benéfica, dando segurança ao time. A bola
fica mais redonda quando está em seus pés! André mostrou boa movimentação e foi
oportunista. Éder Luís não é mais aquele jogador que a torcida do Vasco
aprendeu a gostar e admirar, mas nesse jogo teve mais perto de ser esse jogador
que em outras ocasiões. Já mostrou mais velocidade, especificamente em bela
puxada de contra-ataque na segunda etapa, que por pouco não terminou com gol de
André. Nei não foi bem e tem contra ele a torcida, que parece preferir Fagner,
que entrou na segunda etapa, trazendo melhorias à equipe.
Há meses atrás, o futuro do Vasco parecia sombrio e nebuloso,
hoje, já nem tanto. Mesmo longe do ideal, o Vasco já exala uma segurança inexistente até outro dia. Conseguir o título do Brasileirão parece perto de uma
missão impossível, conseguir uma vaga na próxima Libertadores parece ousadia
demais. Porém, o mais importante para o Vasco é que fazendo previsões para o
futuro, considerando o apresentado no presente, a zona de rebaixamento parece
bem mais distante do que outrora.
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