terça-feira, dezembro 03, 2013

ATÉ MESES ATRÁS ERA UM CENÁRIO IMPROVÁVEL, QUE TANGIA O ABSURDO

Por Danilo Silveira

 
O desfecho do ano para os clubes do futebol carioca está para lá de improvável. Difícil acreditar que o Botafogo, envolvente, bonito e empolgante do primeiro semestre, perdeu tanta força e corre sérios riscos de ficar fora da próxima edição da Libertadores  da América. Um cenário que parecia caminhar para uma luta acirrada pelo título com o Cruzeiro transformou-se em um pesadelo para o torcedor alvinegro. Torcedor esse que lamenta muito a atual situação do time, com certa dose de mágoa do sofrido passado recente da equipe, a tal “dor do quase.”
Difícil também enxergar o Fluminense rebaixado. E está perto disso! Se a salvação vier terá contornos de milagre. Não me lembro de ter visto nenhum campeão brasileiro cair no ano seguinte. Está certo que o título brasileiro de 2012 maquiou algumas coisas (futebol fraco e benefícios com erros constantes de arbitragem), mas não imaginava no início desse ano que o Tricolor das Laranjeiras fosse flertar de forma tão intensa com a Série B.


E o que dizer do Flamengo? Dorival foi mal no início do ano, Jorginho o substituiu, chegou a acenar a possibilidade de melhora, mas logo foi demitido. Mano Menezes assumiu, melhorou o time em alguma coisa, mas não deu sequência ao seu promissor início. Pediu demissão e um time desacreditado foi assumido por Jayme de Almeida. Talvez o resultado mais expressivo que Mano tenha conseguido dirigindo o Flamengo tenha sido o 1 x 0 em cima do Cruzeiro, que somado à derrota por 2 x 1 no Mineirão, deu ao Rubro-Negro o direito de seguir na Copa do Brasil. E Jayme soube completar o serviço de maneira triunfal. O Flamengo “deu liga” e venceu a Copa do Brasil com todos os méritos, despachando Botafogo, Goiás e Atlético Paranaense. Acho que há três meses, nem no mais profundo sonho do mais otimista dos flamenguistas o time conseguiria essa vaga na Libertadores. Veio do céu, veio da arquibancada, veio do chute certeiro de Elias que eliminou o Cruzeiro, veio da fase incrível vivida por Hernane.

O fim de 2013 para o Vasco está sendo o menos surpreendente comparado ao dos seus três maiores rivais do Estado. Quando o ano começou, achei que o Vasco fosse encaixar, mas isso não aconteceu.  Gaúcho levou o time à final da Taça Guanabara e acabou derrotado para um superior Botafogo. O treinador não durou muito tempo no cargo, assumido por Autuori, que também não teve vida longa no clube. Recém-saído do Flamengo, Dorival Júnior pintou na Colina, mas não conseguiu dar uma distância boa entre Vasco e zona de rebaixamento. Caiu e Adilson Batista chegou para ser o “bombeiro”, para “apagar o incêndio”. O fato é que o time conseguiu bons resultados e chega na última rodada do Brasileirão com possibilidades de garantir a permanência na Primeira Divisão. Mas não depende só de si. São boas as chances do Gigante da Colina retornar para a Série B, onde esteve em 2009, quatro anos atrás. Duas quedas em curto espaço de tempo para um time tão expressivo no cenário do futebol brasileiro.

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