segunda-feira, maio 26, 2014

COM DOSES DE EMOÇÃO, REAL MADRID VENCE SUA DÉCIMA LIGA DOS CAMPEÕES

Por Danilo Silveira

Foi somente aos 48 da segunda etapa que o Real Madrid conseguiu vencer o praticamente intrasponível sistema defensivo do Atlético de Madrid. Sérgio Ramos, de cabeça, tirou o título que parecia nas maõs da equipe comandada por Diego Simeone. Equipe que, por sinal, deve ser muito elogiada. O time do Atlético é um time incrível, não é dos mais brilhantes nem pratica um futebol dos mais belos, mas é um time que sabe muito bem o que quer e tem total consciência daquilo que está fazendo dentro de campo. Depois de passar pelo Milan de Seedorf, Barcelona de Messi e Chelsea de Mourinho, chegou à final e encarou o qualificado Real Madrid de igual para igual. Real Madrid de um Cristiano Ronaldo que teve uma atuação muito, mas muito distante do que se espera de um melhor jogador do mundo. Real Madrid do veloz Gareth Bale, que incomoda muito, do motorzinho Di Maria e de um sumido Benzema.

Os 45 minutos iniciais foram mal jogados. Muitas entradas fortes, muita discussão em campo e poucas chances de gol. Antes dos dez minutos o Atlético sofreu uma baixa: Diego Costa, que era dúvida, não conseguiu permanecer em campo e deu lugar para Adrián López. A partida começou truncada, com poucas chances. O Real poderia ter aberto o placar quando Gareth Bale recebeu um presente do volante Tiago, que errou a saída de bola, entregando a redonda em seus pés, mas o galês acabou batendo para fora. E foi na bola aérea que o time de Diego Simeone abriu o placar: Cassillas errou feio, saiu do gol fora de tempo e Godín usou a cabeça não para estufar as redes, mas para colocar força suficiente para bola cruzar a linha antes de Cassillas afasta-la para longe. Vantagem enorme para o Atlético, já que fazer um gol na equipe de Simeone é das tarefas mais complicadas.

Veio a segunda etapa e quanto mais o relógio passava, mais parecia distante a ocorrência de algum gol. O Atlético não conseguia assustar na parte ofensiva, mas mantinha o duelo sob controle. Até que Ancelotti fez duas mexidas de uma só vez, lançando Isco e Marcelo, nas vagas de Khedira e Coentrão. As alterações surtiram efeito e o Real conseguiu ganhar mais presença ofensiva, enquanto o Atletico se acuou. O gol do Real, que parecia distante, passou a parecer bem mais perto. Mas, a valentia atleticana, somada a aplicação tática eram os dois maiores aliados do time de Simeone para manter o placar intacto. Só que Sérgio Ramos apareceu aos 48 para servir como um pesadelo para os atleticanos.

Veio a prorrogação e por conta das cirscunstâncias, o Real passou a estar mais perto do título. O Atlético se superou e aguentou até os 6 da etapa final, quando Di Maria, fez linda jogada pela esquerda, driblando Juanfran e chutando; Courtois defendeu, mas Bale apareceu e cabeceou para o gol vazio. Foi um duro golpe e a cicatriz deve ficar eternamente em cada jogador atleticano que participou da final. Marcelo ampliou e Criatiano Ronaldo, de pênalti, selou os 4 x 1.

Antes do apito final, Simeone e o zagueiro Varane se desentenderam, mas logo a confusão foi apartada, o árbitro apitou o fim do jogo e o Real comemorou seu décimo título de Liga dos Campeões.


Sinceramente, pelo jogo de hoje, para qualquer lado que fosse a taça seria de forma merecida.

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