quinta-feira, junho 26, 2014

JOGO 48: ARGÉLIA FAZ HISTÓRIA EM CURITIBA

Por Danilo Silveira

A Arena da Baixada está eternizada na memória dos argelinos que nela adentraram na tarde dessa quinta-feira. Um dia inesquecível para o país africano que pela primeira vez na história conseguiu avançar para as oitavas de final de uma Copa do Mundo.

A emoção expressa no rosto dos jogadores, nas arquibancadas do estádio e na vibração do técnico Vahid Halilhodzic nos fazem perceber que não só de bola rolando vive o futebol. Se não transcendesse a barreira das quatro linhas certamente esse esporte não seria tão fascinante e não levaria tantos torcedores a estádios de futebol.

O relógio marcava por volta das 18h15 em Curitiba quando Slimani subiu mais que os outros e cabeceou para o fundo das redes russas. Cabeçada que ecoa para a eternidade. Era o empate o qual precisava a Argélia para sobreviver em solo brasileiro.

Se de um lado é festa, do outro é tristeza.O futebol tem lá suas crueldades e para um sorrir, o outro tem que chorar. Imagina como deve estar a cabeça do goleiro russo Akinfeev. Falhou no gol da Coreia na estreia e voltou a vacilar nesta quarta-feira, saindo muito mal do gol e não conseguindo evitar a épica cabeçada de Slimani.

Se durante 90 minutos as duas equipes ficaram devendo um bom futebol, fora dele a torcida, o clímax com o apito final e a festa dos argelinos no Mineirão fizeram valer o espetáculo. Se antes da Copa, pedissem para as pessoas apostarem em dois times africanos para passar de fase, provavelmente a Argélia apareceria nas lista de poucos. Na minha mesmo ela ficaria e fora.

No entanto, se a Costa do Marfim de Drogba foi eliminada, se Gana de Boateng já está fora, se Camarões de Eto'o perdeu as três partidas, a Argélia vive. Vai representar ao lado da Nigéria o continente africano nas oitavas-de-final. Tem pela frente a poderosa Alemanha, que carrega consigo um enorme favoritismo. Seja qual for o resultado desse confronto, o dia 26 de junho de 2014 estará registrado para sempre como o dia em que a Argélia fez história no dito país do futebol.


Aos russos, resta voltar para casa e refletir muito. Muito mesmo! Os comandados de Fabio Capello apresentaram um futebol muito ruim nessa Copa do Mundo, não sendo nem sombra daquele time que mostrou boas qualidades na Eurocopa de 2012. Cabe destacar que o futebol russo tem quatro anos para trabalhar e se apresentar de um forma mais digna em 2018, quando será anfitriã da competição.

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