sábado, junho 28, 2014

JOGO 50: COLÔMBIA INVADE O PASSADO, ESCREVE O PRESENTE E SONHA COM O FUTURO

Por Danilo Silveira

A forma retilínea do tempo caminhar faz o futebol cada vez mais um esporte cheio de nuances, capítulos, histórias e expectativas. Ninguém pode voltar para reconstruir o passado, mas pode o novo ser construído com base no que ficou para trás. Possivelmente nenhum dos milhares de espectadores que adentraram o Maracanã no dia 16 de julho de 1950 esteve presente nele neste sábado, 28 de junho de 2014, quase 64 anos depois.

O futebol nem sempre precisa de testemunhas!. A presença de pessoas que assistiram à vitória uruguaia em cima do Brasil em 1950 não se fazia necessária para tornar a entrada do Uruguai no campo do Estádio Mário Filho neste sábado um dos momentos mais marcantes dessa Copa do Mundo.

Algumas histórias parecem que são montadas e desencadeadas por deuses desse esporte, com o intuito de tornar-lo ainda mais fantástico. Uma vitória uruguaia em cima da Colômbia no Maracanã significaria colocar-lo frente a frente com o Brasil nas quartas-de-final, 64 anos depois do fatídico jogo de 1950. No mesmo país, no mesmo esporte, na mesma competição, mas com diferentes personagens.

Uruguai, Brasil e Maracanã em um mesmo cenário, dentro de uma Copa do Mundo com 32 seleções e doze estádios. Coisas do destino! Só que no meio de todo esse processo que envolve magia, história, mística, rivalidade e sabe-se Deus mais o que, tinha a Colômbia. Forte e competente de maneira mais que suficiente para mandar para casa a Celeste, curiosamente no jogo de número 50 da Copa do Mundo, impedindo assim o citado reencontro.

Verdade seja dita que um Brasil x Uruguai daria à Copa um gosto único, quase que inimaginável. Só que também é verdade que hoje a Colômbia tem um time muito melhor que os dois campeões mundiais. Muito mais arrumado por José Pekermann, argentino que vem se mostrando bem competente na função de treinador. E se no banco de reservas está bem servida, dentro de campo a Colômbia também tem mostrado muita qualidade. James Rodríguez tem jogado bem, marcou os dois gols que eliminaram o Uruguai! Um deles foi uma pintura! Cuadrado tem sido o motor da equipe, Yepes o xerifão na defesa e Ospina fazendo valer o ditado que "todo bom time começa por um bom goleiro".


O futebol tem o poder de se renovar, respeitando suas tradições e raízes, que nunca são esquecidas, mesmo que guardadas em algum lugar do passado onde não exista ninguém para testemunhar. O futebol não precisa que os mesmos personagens do passado se repitam no futuro. Seja lá qual for a distância entre esse passado e o futuro, o Brasil sempre foi o Brasil e o Uruguai sempre foi o Uruguai. Se não carregam semelhanças na forma de jogar, carregam o nome, a tradição. Isso é imutável, porque quis a história que assim fosse. Quis também o futebol inserir mais um ingrediente dentro disso tudo: a Colômbia.

Colômbia essa que está em pleno século 21, mexendo em uma história de 1950. Eliminou um dos personagens. Falta mais um! Quem sabe? Quem sabe seja a Colômbia a escolhida para tirar Uruguai e Brasil da Copa do Mundo e tentar fazer com que o mesmo Maracanã de 64 anos atrás seja Bogotá por uma noite. A tão sonhada noite de 13 de julho de 2014!

Brasil x Colômbia, 4 de julho, às 17h! Imperdível!

Um comentário:

  1. O negócio tá ficando sério! Copiar as frases feitas até vai, mas o leiáuti do blógui já é vandalismo!

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