terça-feira, fevereiro 03, 2015

BAYERN NEUTRALIZA EFEITO DO "HOMEM A MENOS" E EMPATA COM SCHALKE 04

Por Danilo Silveira


No primeiro encontro com o seu torcedor dentro de casa em 2015, o Bayern de Munique não conseguiu vencer. A equipe comandada pelo técnico Guardiola tropeçou diante do Schalke 04, empatando em 1 x 1. Talvez, o resultado por si só possa parecer  até mesmo surpreendente ou ruim para o time de Munique. No entanto, o desenrolar do jogo mostra o contrário, já que o time da casa atuou mais de 70 minutos com um homem a menos nas quatro linhas.

A capacidade do Bayern de manter a posse de bola no ataque e trocar passes com velocidade ficou expressa nos minutos iniciais do jogo. Robben, Gotze, Muller...é muita qualidade em um time só.  A abertura do placar parecia questão de alguns instantes. Só que no meio disso tudo, não estava no script o lance ocorrido aos 16 minutos. Boateng acabou cometendo penalidade ao parar um adversário que sairia na cara de Neuer. Como consequência, ele acabou sendo punido com o cartão vermelho. E como forma de reduzir em alguma coisa o prejuízo, Neuer pulou no canto esquerdo e pegou a cobrança mal efetuada pelo camaronês Choupo-Moting, evitando que o placar fosse aberto na Allianz Arena.

Pouco antes da penalidade, as estatísticas apontavam para uma posse de bola de mais de 70% para os donos da casa. O efeito do “homem a menos” foi um Bayern com maior dificuldade de reter a bola e chegar ao ataque, somado a um Schalke mais presente no campo ofensivo do que nos minutos que antecederam a expulsão do zagueiro alemão.
Guardiola não mexeu na equipe em um primeiro instante, trazendo Alaba da lateral-esquerda para a zaga. Mas, aos 26 ele resolveu colocar o zagueiro Dante na equipe. Gotze foi o jogador de frente a ser sacrificado. Apesar de ter um homem a mais, o Schalke não conseguia ser superior ao Bayern dentro de campo. Equilibrado e sem gols, o primeiro tempo chegou ao fim.

Para a segunda etapa, houve uma troca de goleiros. Giefer não voltou do intervalo por motivos clínicos, oferecendo a vaga para Wellenreuther defender a meta da equipe do Schalke 04. Passaram-se nove minutos da segunda etapa para Guardiola lançar Lewandowski na vaga de Muller . E o polonês não demorou muito tempo a campo para conseguir balançar as redes, ao aparecer pela ponta esquerda, chutar e contar com desvio da zaga. No entanto, foi assinalada a saída de bola pela linha de fundo, com o tento sendo, portanto, anulado, para desespero bávaro. Lance muito duvidoso que nem assistindo ao replay mais de duas vezes consegui ter certeza da saída ou não da pelota.


Se o alívio do Bayern não veio no referido lance do parágrafo anterior, veio logo na sequência. A bola que saiu (ou não) originou um escanteio para o Bayern. E lá estava no meio da área Arjen Robben, para completar de cabeça a cobrança e estufar a rede adversária. Gol que veio coroar a disciplina de um time, que mesmo com um menos soube jogar com inteligência suficiente para tornar o duelo equilibrado. Gol que veio coroar o jogador que mais e melhor tenta jogadas individuais, que parte como uma flecha para cima dos marcadores, mas ao mesmo tempo sabe jogar coletivamente: o carequinha holandês que veste a 10.

Durou cinco minutos a alegria bávara. Aos 26, Sam cobrou escanteio da esquerda e Howedes se antecipou a Weiser para cabecear, vencer Neuer e empatar a peleja. Um gol que deu um pontinho para o Schalke 04. Quem sabe um pouquinho mais de ousadia e vocação ofensiva pudesse gerar à equipe do Schalke mais dois pontos, além desse único conquistado.


Uma observação interessante a se fazer nesse jogo é sobre o duelo de treinadores: Guardiola x Roberto di Matteo. Na Liga dos Campeões 2012/2013, Roberto di Matteo eliminou Guardiola na semifinal, quando o treinador espanhol dirigia o fantástico Barcelona. O histórico jogo foi marcado pela superioridade do time catalão, que mesmo assim não conseguiu avançar, perdendo por 1 x 0 em Londres e empatando em 2 x 2 no Camp Nou. E na grande final, Roberto di Matteo levou o Chelsea ao título, vencendo justamente o Bayern de Munique, justamente na Allianz Arena. Nesse duelo, o Chelsea também teve atuação inferior ao adversário e mesmo assim venceu.

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