sábado, junho 13, 2015

PRAZER, CHILE!

Por Danilo Silveira


O Chile estreou com o pé direito na Copa América, diante de seu torcedor, no estádio Julio Martínez Prádanos, em Santiago. Mesmo sem uma atuação brilhante, a equipe comandada por Jorge Sampaoli mostrou boas virtudes como leveza e versatilidade na vitória por 2 x 0 sobre o Equador.

Durante a primeira etapa, o Chile dominou por completo a partida. O esquema proposto pela equipe apresentava três zagueiros, dois pontas e mais cinco homens trocando de posição pelo campo ofensivo. Logo cedo, Sánches quase abriu o marcador, mas acabou finalizando à esquerda de Domínguez. Pela direita, Isla era a grande válvula de escape chilena e por pouco o camisa 4 não abriu o marcador em chute cruzado, que por centímetros não carimbou a trave adversária. O Equador, por sua vez, tentava explorar a velocidade de Montero pela esquerda e de Enner Valencia pela direita, com Martínez centralizado. No entanto, o sistema de jogo chileno inibiu as investidas da equipe comandada porGustavo Quinteros.

Para a segunda etapa, Sampaoli tirou o sumido Beausejour e lançou Vargas na equipe. Com isso, Mena foi deslocado da zaga para a lateral esquerda, com Vargas atuando mais pelo meio. Talvez pelo bom trato que a Seleção Chilena dava à bola quando a detinha nos pés, o gol deveria ter saído de maneira mais bonita que através de uma penalidade. Mas não foi assim que aconteceu. Bolaños derrubou Vidal na área, cometendo um pênalti para lá de infantil, aos 21 minutos. O mesmo Vidal foi para a cobrança e abriu o marcador. Minutos depois, veio a grande chance para o Equador empatar o jogo. Na bola aérea, Enner Valencia cabeceou e acertou o travessão de Bravo. Susto na torcida local, que pouco depois se transformou novamente em alegria. Se o Equador não igualou o placar, ainda deu tempo do Chile aumentar. Ibarra saiu jogando errado e serviu Sánches. O atacante do Arsenal e melhor jogador em campo arrancou em velocidade pelo meio e tocou para Vargas, que bateu cruzado para dar números finais ao jogo.

Sabe aquela história que estreia é sempre mais difícil? Pois baseado nessa tese, creio que o Chile terá duas atuações melhores nos jogos restantes da fase de grupos. Se não foi brilhante na execução, o Chile de Sampaoli deu indícios que é brilhante na essência. Quanto ao Equador, cabe dizer que é um time organizado, equilibrado e que ainda deve dar muito trabalho aos seus adversários. Falar em título parece ousado, mas falar em passar de fase parece bem aceitável.

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