segunda-feira, junho 19, 2017

CHIILE SOFRE, MAS CONSEGUE BATER CAMARÕES NA ESTREIA

Por Danilo Silveira

Com o bom futebol apresentado nos últimos anos, fruto dos ótimos trabalhos de Marcelo Bielsa e Jorge Sampaoli, o Chile hoje encontra-se em outro patamar no futebol mundial. Muito espera-se da seleção sul-americana, em qualquer competição, seja de nível continental, seja de nível mundial. Assim, a equipe entrou na Copa das Confederações como uma das favoritas ao título.

Na estreia deste domingo, diante de Camarões, a equipe comandada por Juan Antonio Pizzi não teve uma atuação brilhante, alternou entre bons e maus momentos, mas produziu o suficiente para vencer a seleção africana por 2x0.

Talvez os 15 minutos do jogo tenham sido o momento o qual o Chile apresentou o melhor futebol. A equipe se lançou ao campo ofensivo, com muita desenvoltura no toque de bola, encurralando os camaroneses. Antes mesmo dos cinco minutos, Eduardo Vargas acertou a trave esquerda de Ondoa. Pouco depois, foi a vez de Fuenzalida quase abrir o marcador. O gol parecia ser questão de poucos minutos. Porém, o jogo mudaria um pouco de figura. Camarões conseguiu sair da zona de pressão, e começou a explorar contra-ataques, oriundos de falhas dos chilenos. Jhonny Herrera precisou trabalhar para defender chute de Aboubakar. No conjunto, o Chile ainda era superior, mas Camarões mostrava-se um adversário perigoso. No último lance da primeira etapa, Vargas recebeu na cara do gol, venceu o goleiro Ondoa e estufou as redes camaroneses. Quando os chilenos comemoravam, o árbitro sinalizou que estava verificando com os árbitros externos se havia irregularidade no lance. Foi detectado que Vargas estava impedido e o gol foi anulado, para irritação acentuada de Arturo Vidal.

Na segunda etapa, o Chile não conseguiu encontrar o bom futebol apresentado em alguns momentos do primeiro tempo. Os minutos se passavam na Otkrytiye arena e cada vez mais o time de Camarões se soltava no campo ofensivo e ficava à vontade dentro de campo. Talvez por isso, Pizzi tenha lançado Alexis Sánchez no jogo aos 12 minutos, na vaga de Puch. Com lesão no tornozelo, ele iniciou o jogo no banco de reservas, e alguns achavam ele não seria utilizado. Talvez se o Chile estivesse vencendo o jogo tranquilamente, ele não tivesse ido para campo. É verdade que nem a entrada de Sánchez, nem as entradas em sequência de Leonardo Valencia e Francisco Silva fizeram o Chile voltar a jogar bem. Em alguns momentos Camarões parecia mais perto do gol que a seleção sul-americana. Só que aos 35, veio o gol chileno. Talvez mais fruto do talento individual que de uma superioridade coletiva. Sánchez cruzou da esquerda na medida para Arturo Vidal cabecear com estilo, no canto esquerdo de Ondoa.

O gol fez muito bem ao Chile, que conseguiu retomar o domínio do jogo nos minutos finais. Nos acréscimos, Sánchez recebeu na frente, driblou o goleiro, chutou e a bola foi bloqueada por Mandjeck, mas na sobra, Eduardo Vargas estufou as redes.

A verdade é que o Chile oscilou muito dentro dos 90 minutos, o que é de certa forma normal em estreias. Qualidade o time tem, e acredito que pouca gente duvide disso. Parece que essa geração fantástica do Chile ainda tem muito futebol para mostrar em solo russo. Já pelo lado de Camarões, posso dizer que o time comandado pelo belga Hugo Broos me surpreendeu positivamente. Uma equipe bem estruturada em campo, que parece ter total consciência da sua proposta de jogo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário