Por Danilo Silveira
Dia 13 de junho de 2010.
Estava eu sentado no sofá, em frente a um televisor, assistindo a
estreia de uma renovada Alemanha em uma Copa do Mundo. Não conhecia
todos os jogadores. Fiquei impressionado com o time dos jovens
Khedira, Ozil e Muller na vitória por 4x0 diante da Austrália.
Dia 19 de junho de 2017, 7
anos e 6 dias após o episódio do parágrafo anterior. Estou eu
sentado no sofá, em frente a um televisor, assistindo a estreia de
uma renovada Alemanha em uma Copa das Confederações. Não conheço
todos os jogadores. Fico impressionado com o time dos jovens
Goretzka, Brandt e Draxler na vitória por 3x2 diante da
Austrália.
As
semelhanças exibidas nos dois últimos parágrafos são muitas.
Algumas, talvez sejam mera coincidência, como em ambas eu estar
sentado no sofá e o adversário da Alemanha ser o mesmo. Já outras,
nem tanto. Joachim Low sabe exatamente como fazer uma renovação.
Mostrou isso depois da Copa de 2006, passando em 2010 e chegando à
noite mágica do dia 13 de julho de 2014, no Maracanã. Agora está
mostrando isso novamente, lançando um time extremamente jovem em uma
Copa das Confederações. Acredito que não seja mera coincidência
de duas gerações boas terem caído no colo de Joachim Low. Acredito
no trabalho bem feito no futebol, coisa que anda escassa no futebol
brasileiro.
Em
alguns momentos do jogo desta segunda-feira, eu parecia estar
assistindo à Alemanha de 2014. O cruzamento de Brandt para Stindi no
primeiro gol do jogo, parecia um cruzamento de Lahm para um gol de
Schweinsteiger. A forma de Draxler conduzir a bola em alguns momentos
lembrava Mesut Ozil. E por aí vai.
Mudam-se
os personagens, mas fica uma identidade. É assim que tem que ser.
Por melhor que seja uma geração, ela nunca será maior que a
própria instituição a qual ela representa. E quando essa geração
vai chegando ao fim, ela precisa deixar algo de positivo para a
próxima. Lahm, Muller, Podolski, Klose, dentre outros, deixaram um
legado impressionante.
Que
sirva de lição, que sirva de aprendizado. O 7x1 pode ter tido um
quê de fatalidade, na parte numérica, de magnitude elevada. Mas o
que aconteceu dentro de campo, no jogo propriamente dito, deixando de
lado a parte numérica e atentando-se à parte tática e técnica do
desporto, não tem nada de fatalidade.
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