quinta-feira, junho 22, 2017

DE VIRADA E COM EMOÇÃO ATÉ O FIM, MÉXICO VENCE NOVA ZELÂNDIA

Por Danilo Silveira


Quem assistiu Rússia x Nova Zelândia e México x Portugal, em jogos válidos pela primeira rodada, provavelmente imaginou que o México conseguiria na rodada seguinte uma vitória tranquila diante da Nova Zelândia. De fato, o México venceu a Nova Zelândia, mas a palavra tranquilidade passou bem longe do dicionário mexicano nesta quarta-feira.

Se o evento é considerado um evento teste para o país sede, também parece ser um evento teste para o treinador da seleção mexicana, Juan Carlos Osório. Isso porque ele trocou oito jogadores da estreia para o duelo contra a Nova Zelândia. E o efeito no quesito qualidade de futebol apresentado foi muito ruim. O time bem estruturado, que se apresentou bem na estreia, deu lugar a um time pouco criativo, com muitas dificuldades de evoluir ofensivamente, e ainda, sofrendo na parte defensiva.

A proposta de explorar os flancos com Damm pela direita e Aquino pela esquerda parecia bem definida e os dois até imprimiam velocidades por esses setores, mas de forma geral faltava organização ao time. A Nova Zelândia, por sua vez, mostrou-se bem corajosa na primeira etapa. A equipeavançou a marcação, gerou desconforto à parte defensiva mexicana e conseguiu passar boa parte do tempo sem ser pressionada. E quanto mais perto chegava o intervalo, mais as coisas ficavam boas para os neo zelandeses e ruins para os mexicanos. Aos 32, Osorio perdeu o zagueiro Salcedo por lesão, tendo que gastar uma substituição: Hector Moreno foi para o jogo. Para piorar a situação mexicana, aos 41, falha na saída de bola e Wood abriu o marcador para a Nova Zelândia.

O segundo tempo começou da forma que era imaginado. O México veio para cima em busca do empate. Aquino parou no goleiro Marinovic, Giovani dos Santos chutou por cima. Em menos de dez minutos o México criou mais que na primeira etapa inteira. Só que a Nova Zelândia não abdicou de atacar. Aos 7, Wood teve ótima chance de ampliar, em falha de posicionamento do sistema defensivo mexicano, mas acabou falhando na hora de driblar o goleiro Talavera. Dois minutos mais tarde, o México chegou ao empate, em bela finalização de Jiménez.

O panorama do jogo se tornou interessante.Cabe destacar aqui que do intervalo para a segunda etapa, Osorio mexeu mais uma vez no time, lançando Alanis na vaga de Hector Herrera, ficando portanto, com somente mais uma mexida por fazer. Vela, Chicharito e Guardado estavam no banco de reservas, três boas opções ofensivas. Pois Osorio surpreendeu, lançando o zagueiro Rafa Márquez na vaga de Hector Moreno. Sim, Hector Moreno é o mesmo zagueiro que havia entrado na vaga do contundido Salcedo. Algum tipo de lesão poderia explicar a mexida, mas a princípio, não foi esse o critério.

Talvez o México não tenha feito tanto para merecer a virada, mas ela veio aos 26. Aquino, a melhor opção ofensiva do México no jogo, fez boa jogada pela esquerda e serviu Peralta, que chutou de primeira para o fundo das redes. Seria então o gol da tranquilidade? Nem tanto! O jogo ganhou contornos dramáticos no final. A Nova Zelândia se abriu em busca do empate. O México ganhou o contra-ataque, até chegou perto de ampliar, mas não o fez. Quando o apito final estava perto, veio um lance daqueles que não foi gol, mas todo mundo que assistiu o jogo acaba comentando. O camisa 14 da Nova Zelândia, Ryan Thomas, emendou um belíssimo chute, que acertou a divisão da trave esquerda com o travessão. O empate neo zelandês não veio por centímetros.

Uma atuação boa e outra ruim. Esse é o resumo da participação mexicana até aqui. O elenco parece ter material humano suficiente para conseguir jogar bem daqui para frente na competição. Já pelo lado da Nova Zelândia, podemos destacar que a atuação da equipe contra os mexicanos foi muito superior em relação à estreia contra a Rússia.




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