JOGO 7: PERU TEM ATUAÇÃO EXCELENTE, MAS BOLA CISMA EM NÃO ENTRAR E EQUIPE É DERROTADA PELA DINAMARCA.

Por Danilo Dias

Peru e Dinamarca fizeram um jogo que guardou emoção até o final aos espectadores. A vitória por 1x0 dos europeus não reflete exatamente o que foi o duelo. Podemos afirmar, que o Peru jogou melhor no contexto geral da partida.

A seleção de Ricardo Greca começou melhor a partida, pressionando a Dinamarca em busca do primeiro gol. Aos poucos, os comandados de Age Hareide foram equilibrando o duelo, apostando numa posse de bola no meio-campo, as vezes até certo ponto improdutiva. Mas era um recurso, talvez, para conter um pouco a pressão peruana. Até que nos minutos finais da etapa inicial, Cueva foi derrubado na área e o senhor Bakary Gassama, nada assinalou. Sorte da Copa, que existe o recurso de vídeo. Erro corrigido, pênalti assinalado pelo árbitro de Gâmbia.

Era a chance de Curva colocar à frente a seleção que mais buscou o gol na primeira etapa, mas ele desperdiçou a cobrança, isolando a bola. Sabe aquelas cenas maracantes, que vão além do futebol? Uma delas foi a saída de Cueva para o vestiário após o apito final da primeira etapa. O camisa 8 parecia inconsolável e seus companheiros de equipe prestaram total apoio, inclusive Paolo Guerrero, que começou a partida no banco de reservas.

Tenho admiração total ao trabalho de Ricardo Gareca na Seleção do Peru, mas de fto não entendi a opção de deixar Guerrero no banco de reservas. Não critico de maneira muito acintosa, pois seu time jogou muito bem sem o camisa 9 em campo. Cueva, Carrillo e Farfán tiveram boa atuação.

Veio a segunda etapa e não demorou para sair o gol dinamarquês. Saída rápida de contra-ataque que terminou com finalização de Yussuf Poulsen no fundo das redes. O relógio marcava 14 minutos, isto é, o Peru tinha pouco mais de meia hora para correr atrás do empate e da vitória. Gareca colocou Guerrero na vaga de Flores e o Peru se lançou ao ataque. Um futebol bonito, veloz, envolvente e produtivo pôde ser visto na cidade de Saransk. O empate não veio, mas não foi por falta de chance, não foi por falta de luta, não foi por falta de bom futebol.

O goleiro Schmeichel salvou, a bola passou a centímetros da trave...aquele tipo de situação famosa no futebol, que cabe exclamações do tipo "inacreditável como a bola não entrou". O Peru saiu derrotado numericamente no placar, mas leva para a segunda rodada o fato de que foi a seleção que melhor atuou no grupo C. Ainda que isso não garanta pontuação na tabela, deve garantir a Seleção Peruana a crença que jogando assim contra a França, e contando com uma sorte um pouco menos cruel, digamos assim, a equipe de Ricardo Gareca tem boas chances de pontuar, inclusive vencer, na segunda rodada e seguir viva na Copa do Mundo.

A atuação peruana foi de nível tão elevado que acabei por falar mais da seleção sul-americana que da Dinamarca. Podemos dizer que a seleção europeia contou com sorte elevada na partida, mas apresentou pontos positivos. Na segunda rodada, enfrenta a Austrália, e um duelo que promete ser equilibradíssimo.