terça-feira, junho 15, 2021

Jogo 9: NEM SEMPRE QUEM JOGA MELHOR VENCE

 Por Danilo Silveira

A cidade de São Petersburgo foi palco do jogo de estreia do grupo E, entre Polônia e Eslováquia. E o que se viu dentro de campo foi uma seleção Polonesa amplamente superior durante os 90 minutos. Mas, o futebol é apaixonante, dentre outros motivos, pelo fato do time que joga melhor nem sempre conseguir o resultado positivo. E foi isso que aconteceu na cidade russa.

Demonstrando um meio campo altamente técnico e bem povoado, os poloneses logo tomaram a iniciativa de atacar na partida. Acontece que havia um aglomerado de defensores vestindo azul à frente da área, dificultando que o meio campo polonês pudesse se comunicar de maneira efetiva com o goleador e principal jogador da equipe, Robert Lewandowski, que acabou tendo uma atuação para lá de discreta.

O domínio territorial e volume de jogo dos comandados do português Paulo Sousa não se transformou em gol. Aliás, transformou-se em gol adversário. Aos 17, em uma das poucas descidas ao ataque da Eslováquia até então, Robert Mak demonstrou habilidade ao driblar dois marcadores pela esquerda, e sorte em sua finalização. A bola tocou na trave direita, voltou nas costas do goleiro Szczesny e entrou. Um bonito gol, que poderia ter sido dado para quem construiu a jogada e finalizou, mas quis o árbitro, anotar gol contra do goleiro.

Nos minutos que se sucederam ao gol, o que se viu foi o melhor momento da Eslováquia na partida e o pior momento da Polônia. A equipe comandada por Stefan Tarkovic passou a atacar com mais frequência e até parecia perto do segundo gol. Mas logo, a Polônia retomou o controle do jogo. Parecia faltar velocidade na troca de passes para a seleção polonesa chegar mais perto do empate.  E assim, o jogo foi para o intervalo com vantagem eslovaca.

E com menos de um minuto do segundo tempo, veio o empate polonês quando justamente a tal velocidade apareceu. Em uma bonita jogada de ultrapassagem pela esquerda, Rybus cruzou rasteiro para Linetty completar no canto esquerdo Dubravka.

Nada poderia ser melhor para a Polônia do que fazer um gol relâmpago e ter o segundo tempo quase inteiro pela frente para tentar repetir o domínio da primeira etapa e tentar chegar à virada. Na contramão da frase acima, nada poderia ser pior para a Polônia do que o ocorrido aos 16 minutos. Krychowiak cometeu uma "falta boba" no meio-campo, ao pisar no pé de um adversário, e acabou levando o segundo amarelo, sendo expulso do jogo. A Polônia perdeu forças, a Eslováquia passou a figurar mais no campo ofensivo e chegou ao segundo gol sete minutos mais tarde. Após escanteio da direita, Skriniar apareceu livre de marcação para finalizar para o fundo das redes.

Mesmo com cenário todo adverso, a Polônia ainda encontrou forças para pressionar a Eslováquia. O escanteio que passou por todo mundo com a bola quase sendo desviada para o gol e o arremate de Bednarek, que passou a centímetros da trave esquerda, não alteraram o marcador. Mas, acredito que com a análise do jogo, tenha ficado nítido qual seleção jogou mais futebol e buscou mais o gol.


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