terça-feira, julho 06, 2021

JOGO 50: ITÁLIA RECORRE A CONCEITOS DEFENSIVOS E NOS PÊNALTIS, AVANÇA À FINAL.

 Por Danilo Silveira

Muito se fala sobre uma Nova seleção italiana. Sobre a terra da bota ter em sua seleção nacional, novos conceitos sobre futebol. Sobre o defensivismo encruado por anos e anos, ter se tornado ofensivo. 

É fato que existe na Itália da Eurocopa 2020, alguns conceitos mais interessantes do que os que vinham sendo apresentados historicamente. Mas, é cedo demais, precipitado demais, conceituar essa Itália como uma "Nova Itália".

O que se viu em Londres hoje, na semifinal, comprova isso. A Espanha fez talvez, sua melhor apresentação na Euro. Dominou a Itália por completo. Os comandados de Luís Enrique levaram os comandados de Roberto Mancini à lona. Olmo, Pedri, Koke, Busquet e companhia, mostraram o que é um conceito de jogo bem definido e aprofundado. É bola no pé, é não dar chutão, é envolver o adversário, é aproximar jogadores para facilitar a troca de passes. 

Em alguns momentos, a Itália até tentou (e até conseguiu) diminuir a intensidade espanhola marcando pressão, indo para cima, fechando as linhas de passe no campo ofensivo. Veio a segunda etapa e num contra ataque rápido e certeiro, a bola chegou de Donnarumma às redes espanholas em questão de poucos segundos, passando por uma linda finalização de Chiesa. 

Na frente no placar, a Itália logo correu para o seu velho conceito de jogar futebol. O defensivismo, o abdicar de atacar, o preferir  manter o 1x0 que tentar ampliar. Curiosamente, quase ampliou em uma das poucas chegadas ao gol adversário com o resultado 1x0.

E daí veio a Espanha. Com sua desenvoltura, leveza e ofensividade. Continuou com seu estilo, com sua classe, com sua magia. E chegou ao empate por baixo, pela grama, numa enfiada de bola maravilhosa de Olmo para Morata.

E continuou a Espanha com seu mesmo futebol, partindo para cima, buscando o gol da virada. Veio então a prorrogação e a impressão que fica é que veio o desgaste físico. Dos dois lados, para jogadores que disputam uma competição em fim de temporada. Para uma Itália que já disputou uma prorrogação na Euro e para uma Espanha que vem de duas prorrogações nas fases anteriores.

Quis o destino, que a definição do primeiro finalista de Euro, saísse em cobranças de pênaltis. A Itália perdeu sua primeira cobrança. Mas quis o destino que os dois personagens do empate espanhol, desperdiçassem suas cobranças. Olmo isolou, Morata parou em Donnaruma. Quis o destino, colocar a Itália versão 2021, na final. Uma Itália que carrega consigo coisas boas, mas que precisa melhorar muito para ser taxada de "Nova Itália."

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