terça-feira, julho 30, 2013

ELIAS MARCA NO FIM, TIRA O FLA DA ZONA DE REBAIXAMENTO E O BOTAFOGO DA LIDERANÇA

Por Danilo Silveira

Superior, Botafogo abre o placar.


Flamengo e Botafogo fizeram no último domingo, um clássico de dois tempos completamente diferentes. Na volta das duas equipes ao Maracanã, o resultado final foi o empate em 1 x 1. Nos 45 minutos iniciais o Botafogo foi muito superior, tendo grande atuação, comandada por Seedorf, que deu cobrou falta para Rafael Marques fazer 1 x 0 e em outra cobrança carimbou a trave de Felipe.  Além disso, o Botafogo criou outras oportunidades, como em contra-ataque rápido que terminou com chute para fora de Lodeiro. O fato é que o time alvinegro poderia ter ido para o intervalo com uma diferença de 3 ou 4 gols, que refletiria melhor o que foi a partida do que “apenas” 1 x 0. Para se ter uma ideia, aos 30 minutos de partida, o Glorioso havia finalizado 7 vezes, contra nenhuma de equipe comandado por Mano Menezes.

 
Superior, Flamengo empata nos acréscimos.

Para a segunda etapa, Mano Menezes lançou Luiz Antônio e Adryan, sacando Diego Silva e Gabriel. E o time melhorou. Acredito que não só por conta da atuação dos jogadores que entraram, mas de uma evolução tática do time inteiro e da mudança drástica de postura do time alvinegro. A equipe de Oswaldo de Oliveira parece ter esquecido no vestiário o futebol que apresentara na primeira etapa. E o Flamengo criava chances atrás de chances, com Adryan carimbando duas vezes a trave e Elias balançando duas vezes as redes de Jefferson, as duas com o gol sendo anulado pelo árbitro, com auxílio do bandeirinha. Uma delas, de forma correta, a outra em posição extremamente duvidosa. Em meio à superioridade do Flamengo, Oswaldo de Oliveira tirou Vitinho para a entrada de Renato, recuando a equipe. Mano lançou Hernane na vaga de Carlos Eduardo e por pouco o artilheiro do time no ano não empatou em bela dominada no peito e chute forte à esquerda do gol de Jefferson.  Próximo do apito final, Oswaldo lançou Lima na vaga de Lodeiro e Antônio Carlos no lugar de Gabriel. O fato é que o Botafogo, ao longo de todo o segundo tempo, pareceu estar cansado. A postura defensiva parecia um misto de superioridade física do Flamengo com “recuar, pois estamos vencendo”. Seja qual for a explicação, o fato é que a superioridade rubro-negra foi recompensada aos 49, quando Elias balançou as redes pela terceira vez, a primeira com o gol validado. Gol esse que impediu que o Botafogo assumisse novamente a liderança e tirou o Flamengo da zona de rebaixamento, empurrando para lá o Fluminense, atual campeão brasileiro.

quinta-feira, julho 25, 2013

COM FINAL FELIZ!

Por Danilo Silveira


 
O sim e o não tiveram inúmeras vezes separados por mínimos detalhes na campanha do Atlético Mineiro na Libertadores 2013. O choro se tornou riso por causa de um pé milagroso de Victor nos acréscimos da segunda etapa. A tristeza virou felicidade quando Guilherme acertou um belo chute de fora da área aos 50 minutos.  No cenário das possibilidades da final contra o Olimpia, a única certeza que se tinha é que a campanha do Galo já se fazia histórica, única e emblemática, independente do resultado.

E no fim das contas, deu tudo certo para o clube mineiro, que hoje pode gritar que é campeão da Taça Libertadores da América. Entre o apito inicial no Mineirão e o pênalti do Olimpia que explodiu no travessão decretando o título do Galo, aconteceu muita coisa. Uma marcação muito boa exercida pelo pelo time paraguaio, um Atlético Mineiro, se não brilhante, aguerrido, bem arrumado e determinado. Em um dos raros momentos de falha da defesa paraguaia, Jô aproveitou e fez 1 x 0, com 1 minutos da segunda etapa. Quarenta minutos depois, a cabeçada de Leonardo Silva teve o endereço das redes, para enlouquecer o atleticano mais são de todos.

Veio a prorrogação e mesmo com um homem a mais, o Galo não conseguiu chegar ao gol. Vieram as penalidades. Veio Victor para defender uma cobrança, veio o travessão para bloquear outra e levar Cuca a se jogar no gramado, desabado, perplexo, em êxtase, como se não acreditasse que tinha ali, naquele momento, conquistado a América. Muitos duvidaram, ironizaram e torceram contra, mas nada conseguiu se sobrepor ao belo trabalho exercido pelo treinador. Trabalho esse que não precisava do título para ser reconhecido como bom, mas com o título tudo fica mais bonito.

 
E o que podemos falar de Ronaldinho? Simplesmente decisivo. Teve seu auge na competição no meio e caiu de produção nos jogos finais, mas nada que tire dele o status de um dos jogadores mais importantes dessa conquista. E o que dizer de Victor? Três pênaltis defendidos ao longo da campanha, todos cruciais, decisivos. E o gol do Luan contra o Tijuana, nos acréscimos? E o gol de Guilherme contra o Newells Old Boys, aos 50 minutos?

O roteiro da campanha do Atlético Mineiro na Libertadores 2013 foi como um filme de ação, com contornos de drama. Heróis! Vilões! Clímax! Medo! Pânico! Incerteza! Suspense! Todos os ingredientes necessários para um grande filme. Filme esse, que terminou com um final feliz para o Clube Atlético Mineiro.



domingo, julho 14, 2013

EM NOITE DE FORTES EMOÇÕES, VICTOR MANTÉM VIVO O SONHO ATLETICANO DE CONQUISTAR A AMÉRICA

Por Danilo Silveira


Nem o torcedor mais frio presente no Caldeirão do Horto na noite da última quarta-feira deve ter passado “imune” à partida e ao clima de êxtase que vivia, que pulsava, o Estádio Independência. Um dos desfechos mais incríveis que já vi no futebol, levando em conta tudo aquilo que representava o duelo para o Clube Atlético Mineiro. Um time carente de títulos, uma torcida apaixonada e um sonho vivo. Sim, o Atlético Mineiro conseguiu passar o Newells Old Boys e está na final da Libertadores 2013.

Um gol de Bernard aos 4 minutos do primeiro tempo e outro de Guilherme aos 50 da segunda etapa levaram a partida para os pênaltis, onde mais uma vez, brilhou a estrela e a competência do goleiro Victor, que pegou a última cobrança, de Maxi Rodríguez, levando ao delírio o caldeirão do horto.

Entre os dois gols atleticanos, muita coisa aconteceu. O Galo fez um ótimo primeiro tempo, criando boas oportunidades de gol, com Bernard e Josué, ambas parando no goleiro Guzmán. O Newells, por sua vez, atacou menos que o Atlético, mas tentava não se retrancar e não aceitar um domínio territorial do adversário. De chances mesmo, a equipe argentina teve poucas na primeira etapa. Em uma dividida com Diego Tardelli, o goleiro Guzmán machucou o rosto e precisou receber tratamento em campo, ficando a partida quase dez minutos interrompida, Quando o árbitro apitou o reinício do jogo, o goleiro estava com a cabeça enfaixada e com curativo no nariz.

Veio a segunda etapa e o Newells melhorou, conseguindo diminuir o ímpeto e a força atleticana. Os minutos se passavam e o gol do Galo não saía. Nas arquibancadas, desde a primeira etapa, as câmeras flagravam expressões das mais diversas nos torcedores: choro, apreensão, fé, de tudo um pouco. Até que aos 32 minutos, a partida novamente foi paralisada por um longo período. Dessa vez, por conta de uma queda de energia. Mais de dez minutos com o duelo interrompido para testar o coração dos atleticanos e dos torcedores do Newells. Cuca, que pouco antes do apagão lançou Luan na vaga de Pierre, mexeu mais duas vezes quando o jogo retornou, colocando Guilherme e Alecsandro, nas vagas de Bernard e Tardelli. E veio dos pés de Guilherme o alívio parcial. Após rebatida de Mateo, o ex-cruzeirense acertou bonito chute, no canto esquerdo do goleiro, fazendo o tão esperado 2 x 0. Quando disse que o alívio era parcial é porque minutos depois, lá estava a partida nas penalidades, um novo momento de apreensão.

Jô e Richarlyson bateram para fora e contaram com a ajuda de Casco e Cruzado, que também erraram o alvo. Na última cobrança do Galo, Ronaldinho apareceu para converter com segurança. Maxi Rodriguez, que fez boa partida, caminhava para cobrar a quinta cobrança do Newells Old Boys. Precisava fazer para empatar e levar a disputa para a série alternadas. Só que o final seria trágico para ele e épico para os atleticanos. Victor, o mesmo que defendeu o pênalti histórico de Riascos, contra o Tijuana, mais uma vez apareceu. Se naquela oportunidade no canto direito, dessa vez no canto esquerdo, para defender a cobrança do argentino e colocar o Atlético Mineiro na final, fazendo o técnico Cuca desabar de emoção no gramado e enchendo d´água os olhos do renomado Ronaldinho Gaúcho, campeão de Copa do Mundo e campeão de Liga dos Campões.
Agora, a final é contra o tradicional Olimpia, tricampeão da competição. Os dois jogos da equipe paraguaia contra o Fluminense me fazem crer que o Galo é mais time. Nunca esteve tão próximo o encontro entre Guardiola e Cuca, o melhor técnico do mundo e o melhor técnico do Brasil.

segunda-feira, julho 01, 2013

JOGO 16 -"FALTOBOL" DE FELIPÃO "FUNCIONA", BRASIL VENCE A ESPANHA E CONQUISTA A COPA DAS CONFEDERAÇÕES 2013


Saio dessa Copa das Confederações com duas convicções. A primeira que a Seleção Brasileira de futebol tem atualmente uma geração de talento abundante, de jogadores excepcionais. Talento puro, mais que suficiente para a formação de um time encantador, que jogue um futebol bonito e envolvente, como há muito tempo não temos o prazer de ver quando se fala da camisa amarelinha. A segunda convicção que tirei da competição é que a Seleção Brasileira está sob comando da pessoa errada.

O estilo de jogo implementado por Felipão não condiz com aquilo que ele tem em mãos. Não condiz com o futebol tão pedido e almejado por grande parte da imprensa e da população brasileira.

Sabe aquela eterna discussão se os fins justificam ou não os meios? Pois bem, aplica-se direitinho na participação do Brasil na Copa das Confederações 2013. Quando se entra em uma competição, o que se almeja, o que se objetiva? O título. Por isso, digo que "se os fins justificam os meios", a Seleção Brasileira foi perfeita na Copa das Confederações 2013. Praticou o antijogo, abusou do excesso de faltas e...foi campeã. Na soma dos cinco jogos da competição, a Seleção Brasileira comandada por Felipão chegou a mais de 100 faltas, o que dá uma média de mais de 20 infrações por partida, número, em minha opinião, altamente excessivo, absurdo.

Ontem, contra a Espanha, as minhas duas convicções ficaram mais que evidentes. Fred foi um gigante, Neymar foi brilhante, a Seleção Brasileira como um todo, jogou muito bem, nos momentos em que quis jogar. Porque em grande parte da
partida, o Brasil teve como estratégia não deixar a Espanha jogar, impedindo o encantador Tic-tac de maneira faltosa, grossa, estúpida. Apesar das absurdas 26 faltas durante os 90 minutos (mais os acréscimos), sobrou tempo para o Brasil ser encantador. Sobrou tempo para Neymar "comer a bola" e, pelo menos parcialmente, calar os críticos. Nessa Copa das Confederações, o jovem, recém contratado pelo Barcelona, foi brilhante, excepcional e...faltoso. A última das características talvez por reflexo do
técnico o qual estava lhe comandando. Nem no tempo em que Neymar "jogava sozinho" no bagunçado e confuso Santos de Muricy Ramalho eu o via fazer tantas faltas como ele fez na Copa das Confederações 2013.

Claro, que não somente críticas merece Felipão. Ele teve a capacidade de melhorar a Seleção Brasileira, montar um sistema de marcação que, apesar de bater demais, é sólido. Ele teve a capacidade de dar á equipe algum padrão ofensivo. Felipão está indo melhor que seus dois antecessores, mas isso torna-se quase irrelevante se analisarmos que estamos vindo de uma passagem "lunática" e "louca" de Dunga pelo comando técnico da Seleção Brasileira, sucedida por uma passagem "péssima" de Mano Menezes. A verdade é que nos acostumamos a ver trabalhos muito ruins na Seleção Brasileira e quando se melhora um pouquinho, a impressão que passa é que estamos no patamar, no topo, no máximo o qual podemos chegar. Mera ilusão. A Seleção Brasileira de Futebol tem potencial para ir muito mais longe, para jogar muito, mais muito mais futebol do que vem jogando com Felipão. Ronaldinho Gaúcho, na fase em que se encontra, tem muito a oferecer para essa equipe e até agora, não vejo o menor sentido nele não ter sido convocado.

E a Espanha? A Espanha foi Espanha e segue demonstrando virtudes louváveis ao longo de sua trajetória na história do futebol. A atual campeã européia e campeã mundial, foi fiel àquilo que a levou a essas duas conquistas. Foi fiel ao estilo de jogo de toques de bola rápidos e precisos, com o objetivo de envolver a marcação adversária e assim ter maior facilidade para criar oportunidades de gol. Tentou em todos os jogos fazer isso, em alguns conseguiu, em outros não.


Contra o Brasil, teve dificuldade para cumprir tal missão. Mostrou-se cansada, esgotada fisicamente. Não precisa, nem deve servir de "desculpa" para a derrota. A Espanha não precisa disso, não precisa de desculpas, a gente é que precisa pedir desculpas para ela, por ter feito 26 faltas em uma partida de futebol. A Espanha soube vencer como Espanha, mas, muito mais que isso, ela soube perder como Espanha. Fosse outro time perdendo para o Brasil por 3 x 0, ao som de olê vindo das arquibancadas do Maracanã, seriam grandes as possibilidade da partida descambar para a violência, para entradas mais fortes, pontapés, confusões, empurra-empurra e por aí vai. Só que não! Era a Seleção Espanhola. Elegante quando ganha, elegante quando perde.

Acabo as minhas considerações com a seguinte frase: Se o Brasil bateu assim na Copa das Confederações, imagina na Copa do Mundo.


JOGO 15 - ITÁLIA X URUGUAI

Em breve, texto sobre a partida.

JOGO 14 - ESPANHA VENCE ITÁLIA NOS PÊNALTIS E ENFRENTA O BRASIL NA FINAL

Por Danilo Silveira

Eu esperava uma vitória tranquila e fácil da Espanha para cima da Itália, mas não foi isso que se viu na partida disputada em Fortaleza. O que se viu foi uma Espanha com dificuldades, esbarrando em uma Itália guerreira, que conseguiu o empate no tempo normal e na prorrogação, levando a partida para as penalidades e só então ser derrota.

Nos minutos iniciais, a Itália criou boas oportunidade, como por exemplo em jogada que Maggio apareceu pela direita, recebendo lançamento por trás do sistema defensivo espanhol e cabeceando para boa defesa de Cassillas. A Espanha, fiel ao seu estilo, criava pouco. Torres teve uma boa oportunidade, mas finalizou para fora.

Veio a segunda etapa e cada vez mais as equipes aparentavam um cansaço físico muito grande. O tempo se passava e nada do gol espanhol sair. Quem estava se saindo bem nisso tudo era a Itália, que conseguia segurar o empate diante da melhor seleção do mundo.

Uma bola na trave para cada lado na prorrogação

Veio então a prorrogação e logo nos minutos iniciais a Itália chegou com muito perigo. Após cruzamento da direita, Giaccherini soltou uma bomba, que explodiu na trave direita de Cassillas. A Espanha respondeu alguns minutos depois, de uma forma não muito habitual: o chute de fora. Xavi Arriscou e Buffon rebateu de maneira estranha, vendo a bola tocar na sua trave esquerda.

Cobranças bem executadas e classificação espanhola

Ao todo, tivemos 14 cobranças de pênaltis, 13 convertidas e apenas uma desperdiçada. Bonucci acabou sendo o vilão italiano, que isolou sua cobrança, já nas alternadas. Navas veio em seguida e converteu, colocando a Espanha na final, para enfrentar o Brasil, em pleno Maracanã. Duelo que tem a Espanha como favorita!